Praça do Terminal Lapa é ponto de distribuição de roupas e comida

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Foto: Thito Cassimiro

Thito Cassimiro
Equipes da Subprefeitura Lapa acompanhadas da subprefeita Fernanda Galdino e do vereador Fabio Riva distribuem alimentos, cobertores e livros para pessoas em situação de rua na região

Com a súbita queda da temperatura na cidade, cinco tendas temporárias foram montadas pela Prefeitura para reforçar o acolhimento das pessoas em situação de rua, uma delas próxima ao Terminal Lapa, na Praça Miguel Dell’Erba. A ação começou na quarta-feira (28) com distribuição de sopa, chá, chocolate quente, mantas térmicas, agasalhos, cobertores e kits de higiene. “Tivemos muito cuidado ao selecionar os pontos de atendimento, para que a acolhida chegue de forma efetiva para as pessoas em situação de rua que precisam deste apoio, com base no censo Pop Rua 2019 e informações colhidas pelos atendimentos realizados em campo”, afirma Claudia Carletto, secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania.

A Secretaria de Mobilidade e Transportes (SMT) colocou sete ônibus extras e 15 vans do Atende para transportar as pessoas que aceitam ser encaminhadas aos equipamentos de assistência social. Ônibus com destino ao Pelezão sairão da Praça da Sé às 16h, 18h e 20h, e o retorno ao centro da cidade acontece às 7h, 9h e 10h. Já da Praça Miguel Dell’Erba até o Pelezão, os ônibus sairão às 16h e 18h, com retorno no dia seguinte às 7h e 9h.

A subprefeita Fernanda Galdino e equipes da administração regional estiveram nas praças Jácomo Zanella e Cornélia, no Viaduto Antártica e na Avenida Doutor Gastão Vidigal, locais que costumam ter pessoas em situação de rua. Em parceria com a ONG Projeto Vida foram distribuídos cobertores, cachecóis, bolachas, água, mantas e livros. “Ações deste tipo são de extrema importância e permanentes em qualquer gestão que preze pelas vidas de seus munícipes. O frio destes dias só intensifica o trabalho que já é realizado e continuará sendo feito pela prefeitura”, disse Fernanda Galdino.

O vereador Fabio Riva também acompanhou a ação. “Fiz questão de ir para a rua. É em campo que a gente faz a diferença. Um momento difícil que temos que enfrentar com muita humanidade. Quem se comove se move”, declarou Riva.

Ofício

A questão da presença de pessoas em situação de rua é debatida frequentemente na região. A Associação Viva Leopoldina protocolou um ofício junto à Subprefeitura Lapa na quarta-feira (28), pedindo uma atenção especial à zeladoria nos locais onde a população vulnerável está. “A Prefeitura precisa atuar semanalmente na região, com ações de zeladoria desmontando as ocupações irregulares, fogueiras, banheiros improvisados, encaminhando a população de rua ao Albergue Zancone e ao Atende, onde terão abrigo, chuveiro e calor em local salubre. Estes espaços precisam ser humanizados e é preciso somar esforços com os voluntários que diariamente distribuem marmitas e cobertores, para que o façam dentro destes espaços, e não nas ruas, criando um vínculo com os abrigos. O atendimento na rua é insalubre e perigoso. No inverno, com temperaturas congelantes, traz risco à vida dessas pessoas. Oficiamos várias vezes a Prefeitura que não responde adequadamente aos pedidos e não cumpre o Decreto publicado por ela mesma. Como próximo passo pensamos em uma ação cível pública, exigindo o cumprimento, o que seria vergonhoso para a Prefeitura”, declara Umberto de Campos Sarti, presidente da AVL.

Sempre que questionada, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) reforça que os encaminhamentos para a rede socioassistencial é voluntário.

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