Grande formigueiro

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Foi na reunião de apresentação dos candidatos ao Conselho Participativo Municipal da Lapa que eu ouvi a expressão “trabalhar juntos com um grande formigueiro”. A frase veio de uma das candidatas, uma pessoa muito atuante que já passou por diversos conselhos da região, e executa muito bem seu papel de cidadã. Sua história será contada em breve, em uma próxima edição.

São muitas as ocasiões em que a natureza surpreende por ter uma inteligência inata, uma organização funcional onde cada indivíduo desempenha suas tarefas ou responsabilidades visando o bem-estar coletivo. Enquanto isso, nós que somos considerados o “topo da evolução”, temos alguns representantes que não conseguem discutir temas que os desagradam sem partir para alguma forma de agressão.

Com o início oficial do período de campanha para as eleições, os próximos meses prometem ser agitados. Isso porque seguimos em um clima de polarização, de hostilidade não só entre candidatos antagônicos, mas entre instituições, e com uma situação financeira que não está nada fácil, com inflação e perda substancial do poder de compra.

Escolher um candidato para comandar os principais postos executivos e para nos representar nas casas que fazem as leis vai muito além da simpatia/antipatia por uma corrente de pensamento. É preciso um plano, a visão de futuro que permite construir políticas sólidas e com resultados. É garantir que o amanhã, mesmo que devagar, seja sempre melhor que o hoje.

Nossa região é notada. Não à toa que no debate entre os candidatos ao governo, que devem se preocupar com todo o estado, um bairro em transição que fica aqui, a Vila Leopoldina, foi citado não uma, mas duas vezes. Nossos moradores não se contentam com promessas de campanha. Eles cobram e acompanham porque sabem os seus direitos. Sabem o papel que cada ente, público, privado ou comunitário, deve exercer.

E no formigueiro da Lapa existem as formigas operárias que de forma voluntária não abrem mão de se fazer presentes nos espaços de participação. Que lutam pela preservação e melhoria das estruturas. Que doam seu tempo e energia em algo que não é uma obrigação, mas deveria ser de interesse de todos. Infelizmente considerando o tamanho do nosso território, elas não são maioria. Com mais pessoas assim nos bairros, nas cidades, estados e, consequentemente, no país, não teríamos qualquer rainha no comando. Ela precisaria ser muito qualificada. Participar e nos fortalecer localmente, deixando de lado algumas visões pessoais e preferências de quem vai para Brasília, para focar no bem comum, é a forma mais imediata de construir um amanhã melhor, para nós.

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