A maioria dos paulistanos não está satisfeita com a qualidade de vida na cidade e, se pudessem, mudariam de São Paulo. Isso é o que identifica a edição 2022 da pesquisa ‘Viver em São Paulo: Qualidade de Vida’, realizada anualmente pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ipec – Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica
De acordo com o levantamento, divulgado agora em janeiro, 61% dos moradores de São Paulo sairiam da cidade, se pudessem. De acordo com um terço dos 800 entrevistados, nenhuma instituição, incluindo o governo, igrejas e ONGs, contribui para melhorar a qualidade de vida na cidade. Perguntados se a qualidade de vida na cidade melhorou ou piorou, 51% dos que responderam a pesquisa avaliam que não houve nem melhora, nem piora. Para 25%, a qualidade de vida do paulistano piorou um pouco ou piorou muito no último ano; já 24% deles afirmam que melhorou um pouco ou melhorou muito.
O bolsão da Lapa – Uma região considerada privilegiada em termos de localização, com boa infraestrutura urbana de lazer e serviços, os bairros que compõem a área da Subprefeitura Lapa oferecem alto nível de qualidade de vida para seus mais de 300 mil moradores. Essa é a percepção da arquiteta e urbanista Lígia Rocha, moradora da Vila Leopoldina e que tem uma tese de mestrado sobre o bairro.
“Aqui você tem áreas de lazer como os parques Villa Lobos e Cândido Portinari, equipamentos de cultura como o Sesc Pompeia e bolsões verdes como o Alto da Lapa, que contribuem para aumentar a qualidade de vida dos moradores”, diz ela. “Na minha avaliação, quem vive em áreas privilegiadas como a nossa, tende a gostar e não querer sair daqui”.