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Quando andam pelas imediações da Rua 12 de Outubro, é comum os moradores que frequentam a Paróquia Nossa Senhora da Lapa ‘cruzarem’ com o pároco da igreja, padre Adalton Pereira de Castro. Nessas ocasiões, muitos param para cumprimenta-lo e conversar com ele, lembrando sempre de alguma história carinhosa envolvendo o padre, que há 43 anos exerce seu ministério na paróquia. “Sempre ouço: ah, foi o senhor que me casou e depois batizou meu filho”, lembra ele.
A relação do padre Adalton com a comunidade da Lapa é muito estreita. Além de rezar as missas, o pároco atua – como ele mesmo gosta de dizer – como ‘guia’ e ‘ouvinte’, aconselhando quem vem lhe pedir ajuda. “Nos dias de hoje, com as redes sociais, as pessoas não conversam cara a cara, ficam só no celular. Por isso, muitas vezes sentem falta de alguém com quem possam falar mais abertamente”, ressalta. Para atender a comunidade, o padre reserva um tempo, todos os dias a partir das 16 horas, quando recebe os fiéis que querem conversar.
Nascido em Paraguaçu Paulista, no Interior de São Paulo, o pároco acaba de completar 50 anos de vida sacerdotal. “Com exceção do período de sete anos que passei ministrando em Assis, também no Interior paulista, todo meu trabalho foi aqui com a comunidade da Lapa e eu sou muito grato a isso e a todo carinho que recebo aqui”, diz.
Para o padre Adalton, a presença da paróquia aqui na região oeste, que já tem mais de 100 anos, é fundamental. “Somos um referencial de solidariedade porque o nosso trabalho, além de evangelizador, tem também uma dimensão social, de reinserção das pessoas na vida comunitária e de acompanhamento dos mais vulneráveis nas suas dificuldades e suas dores”, explica.
