Mais de 800 moradias sociais construídas num terreno de 6 mil metros, na Avenida Manuel Bandeira, implicando em erguer prédios com mais de 20 andares. Esse é o cenário atual projetado para o PIU Leopoldina, projeto de intervenção urbana que desde 20 de junho é lei municipal com o objetivo de reurbanizar a área degrada nas proximidades do Carrefour.
Ao avaliar o impacto dessa obra, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) procura alternativas para diminuir o adensamento de moradias. Embora não tenha tornado público o fato, a SMUL tem conversado com a Ceagesp sobre a possibilidade de o entreposto federal ceder para a Prefeitura uma área ao lado do 91º DP, de modo que parte das 853 moradias possam ser construídas naquele local, deixando menos compacto o projeto urbanístico a ser implementado no terreno da Avenida Manuel Bandeira, de propriedade do grupo Votorantim, proponente do PIU.
Alexandre Beraldo, liderança nas comunidades Nove, Linha e Cingapura Madeirite e presidente da Associação Moradores Ceasa (AMC), diz que essa proposta merece ser debatida, embora ele não tenha sido comunicado oficialmente, pelo poder público, sobre eventual construção de moradias sociais no terreno da Ceagesp. “Fomos pegos de surpresa. Ainda não nos chamaram para tratar desse tema. Mas é uma proposta que vale entrar em discussão, pois a construção das moradias sociais, que inicialmente estava prevista para acontecer em dois terrenos, numa área de 16 mil m², agora terá de ser feita num único terreno de 6 mil m². Contar com mais uma área diminuiria o adensamento e evitaria a construção de prédios ainda mais altos”, afirma Xandão.