Dengue continua a crescer em distritos da Subprefeitura Lapa

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Foto: Divulgação

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Ação com drones torna mais eficiente a busca por criadouros

São preocupantes os números da Coordenaria de Vigilância em Saúde (Covisa), órgão da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, a respeito do avanço da dengue da Região Oeste da cidade. No Boletim Covisa da quinta semana epidemiológica de 2024 (28/01 a 03/02), dos 10 distritos com maior incidência da doença no conjunto de 100 mil habitantes, a Vila Jaguara continua aparecendo na primeira posição e a Vila Leopoldina segue em terceiro lugar. Além disso, a Barra Funda aparece em sétimo e a Lapa em nono.

No contexto dos números absolutos, até a quarta semana epidemiológica a Covisa registrava 203 casos no distrito Vila Jaguara; 52 na Leopoldina e 45 na Lapa. Uma semana depois, o acumulado do ano em cada um desses distritos era, respectivamente, 362, 110, 78.  A proliferação da dengue no verão é maior do que em outras épocas do ano, pois o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença encontra ambientes mais propícios para se reproduzir.

Para evitar a sua propagação, há necessidade de eliminarmos os locais que acumulam água e servem de criadouro para o mosquito, principalmente pratos de vasos de plantas, que devem ser preenchidos com areia, tampinhas, latinhas e embalagens plásticas (que devem ser jogadas no lixo) e as recicláveis (guardadas fora da chuva). É necessário manter caixas de água fechadas com tampas íntegras sem rachaduras ou cobertas com tela tipo mosquiteiro e as piscinas não tratadas com cloro devem ficar cobertas.

No combate à Dengue, a Covisa realizou, nas cinco primeiras semanas do ano, mais de 1 milhão de ações como visitas casa a casa, vistorias a imóveis, bloqueios de criadouros e nebulizações, orientações à população, entre outras.

A Prefeitura de São Paulo iniciou também o monitoramento de imóveis e terrenos com possíveis focos de dengue com a utilização de drones. A ação é organizada pelas secretarias Municipal da Saúde (SMS) e Segurança Urbana (SMSU), com apoio das Subprefeituras.

“A secretaria irá fornecer 26 drones que farão o mapeamento dos territórios com maior índice e foco da doença. O drone tem a vantagem de adentrar locais onde os agentes não conseguem entrar. E desse mapeamento será enviado um relatório técnico para subsidiar a Secretaria Municipal da Saúde e também Subprefeituras em seus procedimentos”, comenta a secretária municipal de Segurança Urbana, Elza Paulina.

Com os drones e equipes especializadas, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) está realizando o mapeamento aéreo de imóveis onde pode haver possíveis focos de criadouros do mosquito Aedes aegypti, como cobertura de galpões com lâminas de água, caixas d’água sem tampa ou sem vedação, e recipientes de grande volume em terrenos baldios. Os locais com focos serão registrados e referenciados para que, assim, as equipes das Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis) das respectivas regiões realizem visitas ao imóvel para orientar seus proprietários e realizar as ações necessárias, ou notificar caso o proprietário não seja localizado.

“A tecnologia e expertise da Segurança Urbana na identificação precisa de criadouros amplia ainda mais o potencial de combate à dengue na capital. A prefeitura segue empregando o que tem de melhor nesse trabalho, tanto em equipes quanto em equipamentos”, diz o coordenador de Vigilância em Saúde, Luiz Artur Caldeira.

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