Reflexos do abandono

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O abandono ou esquecimento de algumas areas pelo poder público (Municipal, Estadual e Federal), como por exemplo o caso do terreno público municipal da Rua Carlos Weber e da garagem que pertence a SPTrans, cedida a Companhia de Engenharia de Tráfego (para depósito de carcaças de veículos aprendidos), representam exemplos do que a má administração (várias gestões passadas) pode prejudicar o futuro da comunidade.

Os moradores dos novos condomínios de alto padrão da Vila Leopoldina reclamam do depósito de carcaças apreendidas pela CET, estacionados na antiga garagem da CMTC. Para os moradores se trata de uma ameaça à saúde pública. Eles temem a criação de focos do mosquito da dengue e de ratos em meio às carcaças. Apesar da garagem fazer parte da Leopoldina do passado, sem conflitos,  hoje o espaço se tornou estranho para um bairro em transformação, porque o poder público não acompanhou a mudança. A area degradada com galpões e caixaria deu lugar aos condomínios de alto padrão que levaram novos moradores para a vila. A CET garante que em cerca de 40 dias retira os veículos do pátio. No caso do terreno da Carlos Weber, se a então administração regional (hoje subprefeitura) tivesse dado o destino certo na época da desapropriação, muita coisa seria evitada. Hoje teríamos o prolongamento da Rua Mengenthaler e a area não estaria mais uma vez parada, sem uso, por conta do processo movido pelo Ministério Público à pedido da Coordenadoria de Saúde Centro Oeste. Mas é preciso destacar que sem muitas áreas adequadas para instalação de equipamentos de Saúde, a Coordenadoria enxergou no espaço a oportunidade de dar um melhor atendimento aos trabalhadores. A area já estava pedida pela coordenadoria quando a A ex-subprefeita Luiza Luiza Eluf destinou o terreno para que o condomínio instalasse uma praça.
 Uma decisão judicial determina a transferência da area à Prefeitura, para a instalação da Unidade de Atendimento a Saúde do Trabalhador, hoje em local precário na Rua Cotoxó. Acusada de improbidade administrativa, Eluf afirma que não houve cessão de area e nem ilegalidade, apenas uma autorização para uma praça pedida pelos moradores em um abaixo-assinado com 500 assinaturas. A ex-subprefeita ingressou com petição para nulidade da ação civil.

Essas questões mostram os reflexos com que o poder público trata o parece pequeno, mas que é importante para região. Para discutir o que queremos é preciso participar de encontros como a plenária regional do Plano Diretor da Cidade de São Paulo, no dia 27, nas Faculdades Rio Branco. Outra chance será o À Mesa com Empresários que traz o diretor de urbanismo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Kazuo Nakano, no dia 29. Em tempos de manifestações, essas são oportunidades de debater o Plano Diretor e os destinos da comunidade. 

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