Domingo (15) amanheceu com os moradores de rua da Leopoldina assustados com a morte violenta de Wanderlei, um morador de rua conhecido como “Cabelo”. O corpo foi encontrado com marcas de violência na calçada de um comércio da Avenida Imperatriz Leopoldinha com Rua Heliópolis. Segundo seus colegas, ele era usuário do Centro de Acolhida Zancone, de onde foi desligado na noite de sábado (14). A gerente executiva do Instituto Rogacionista (responsável pelo albergue), Dulcinéa Pastrello, lamenta o ocorrido e explica que o serviço tem regras. “O centro de acolhida atende no período noturno de 100 a 120 homens, com banho, jantar e atendimento com o serviço social e de psicologia. Para isso temos dois educadores que auxiliam e coordenam a ação dos usuários. Para que tudo ocorra normalmente é preciso que eles estejam bem, sem influência do álcool ou outras drogas. Quando acontece de alguém estar alcoolizado é solicitado que aguarde no pátio, pois nesse estado fica fácil acontecer provocação e brigas, e quando isso acontece temos que desligar do nosso atendimento, encaminhando para outro serviço. Na noite de sábado, aconteceu exatamente isso, o “Cabelo” estava muito alterado pelo efeito do álcool, não seguiu a orientação de esperar, se dirigiu ao refeitório e arrumou briga com outro usuário, sendo os dois desligados. Quando encaminhado para outro serviço, ele disse que não iria e permaneceria na rua. Fica agora a nossa reflexão: como atender de forma integral essas pessoas que fazem uso de substâncias para suportar o estado emocional em que estão, sem o apoio de centro de atendimento com psiquiatras? O centro de acolhida não é o local de atendimento para esses casos, precisamos das clínicas terapêuticas ou ficaremos repetindo o movimento de desliga e encaminha, sem de fato resolver o problema”, conclui Dulcinéa.
Supervisora participa de Fórum
O Fórum Social da Vila Leopoldina reuniu moradores e representantes de entidades sociais, religiosas, Ceagesp e órgãos públicos, terça-feira, 17, na Igreja Batista Palavra Viva, para debater a questão dos moradores da Leopoldina.
O encontro coordenado pelo assessor do deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT), Adaucto Durigan, contou com a presença da supervisora de Assistência Social da Região Lapa, Cleide Leonel Amaro Mendes, que chegou acompanhada da especialista do CRAS-Lapa (Centro de Referência da Assistência Social – Lapa), Leila Murad, e de representantes do Instituto Social Santa Lúcia, contratado pela Prefeitura para fazer o serviço de abordagem social. Cleide cobre as férias de supervisora de Assistência Social Lúcia Helena, que apesar dos convites não compareceu a reunião do recém formado fórum nem do Conseg Leopoldina. A presença de Cleide foi elogiada pelos presentes. O médico da UBS Parque da Lapa, Arlindo Frederico Junior, que atende a população de rua e de comunidades carentes do bairro, apresentou o perfil dos moradores de rua da Leopoldina. Segundo ele, mais de 506 pessoas estão cadastradas no serviço de saúde, 385 são homens e 121 mulheres. “Temos um número considerável de idosos e de pessoas em idade produtiva. Muitos têm problemas com álcool, drogas ou de saúde mental”.
Termina dia 7 as inscrições ao|Conselho Participativo
A Subprefeitura Lapa recebe até 7 de outubro as inscrições de candidatos que desejam concorrer a uma vaga do Conselho Participativo Municipal. A eleição dos membros do conselho será realizada pela Secretaria Municipal de Relações Governamentais (SMRG) em todas as 32 subprefeituras da Cidade, em 8 de dezembro, com suporte da Justiça Eleitoral – que disponibilizará 10 mil urnas eletrônicas para o pleito. O objetivo desse conselho é ampliar a participação popular e a transparência nos governos locais (subprefeituras), com a eleição direta de 1125 representantes da sociedade civil, sendo 38 deles na area da Subprefeitura Lapa: o distrito da Lapa vai eleger 7, da Leopoldina 5, Jaguaré 5, Perdizes/Pompeia 11, Barra Funda 5 e Jaguara 5 conselheiros.
As lideranças comunitárias da região se mobilizam para apresentar seus candidatos. Para ser candidato é preciso comprovar residência na região da Subprefeitura, ser maior de 18 anos, ser eleitor, não ocupar cargo em comissão em quaisquer órgãos do poder público e nem ser detentor de mandato eletivo no parlamento ou no poder executivo municipal, estadual ou federal, além de comprovar representatividade. O interessado em participar da disputa deve apresentar pelo menos 100 assinaturas (de moradores do bairro ou de qualquer parte da Cidade) em apoio ao seu nome para a candidatura ao Conselho Participativo Municipal.
Votação
O processo de votação será semelhante ao das eleições comuns: qualquer pessoa a partir dos 16 anos, com título de eleitor (de zona e seção eleitoral da área da Subprefeitura Lapa) e documento oficial com foto poderá comparecer às seções eleitorais para votar. Segundo a secretaria, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ainda vai definir os locais de votação para posterior divulgação dos endereços das seções.
O Conselho Participativo será consultivo e autônomo. Os futuros conselheiros terão a missão de fiscalizar, participar do planejamento e aplicação de recursos públicos e das políticas públicas nos distritos agrupados em subprefeituras. Os eleitos poderão acessar informações públicas, sugerir medidas e contestar atos do poder público nas regiões para as quais forem escolhidos pela população local.
Empresas da Lapa de Baixo negam contaminação
Em resposta a matéria publicada na edição passada do JG, de 14 a 20 de setembro, com título “Agente de Defesa Civil acusa empresas de contaminar o ar”, onde o agente do Núcleo de Proteção de Defesa Civil da Lapa (Nuprodec), Luiz Vassoler denuncia as duas empresas, a Estamparia Salete (Rua Gino Cesaro) com 60 anos de mercado e o Grupo Sabó (unidade da Rua Mateo Forte) com 70 anos de existência, ambas na Lapa de Baixo, negam qualquer tipo de comtaminação pelo processo industrial. A diretora da Estamparia Salete, Mônica da Silva, e o técnico em Segurança, Luiz Antonio Barbosa apresentaram autorizações e vistoria da Cetesb à reportagem do JG. Segundo Barbosa, a caldeira trabalha 24 horas para fixar as cores no tecido. “O que eles vêem é vapor d’água, é como um ferro de passar roupa”, garante o técnico.
A diretoria do Grupo Sabó alega que sempre tem se pautado por sólidas políticas de Gestão da Qualidade e Ambiental, possuindo certificação da ISO 14001 de acordo com as normas legais vigentes. Ainda que a Defesa Civil da Lapa possa desejar (como nós) a preservação ambiental, não pode o seu representante veicular em jornal de grande prestígio e penetração local informações que não retratam a realidade, passando ao leitor uma equivocada imagem da nossa empresa. A Sabó rejeita a infundada denúncia, colocando-se à disposição das autoridades para análises técnicas fundamentadas.
WTorre participa de reunião com permissionários
O diretor jurídico da WTorre, Nilton Bertuchi, e Mário Arruda (parceiro da Wtorre para Novos Negócios) estiveram na reunião dos permissionários da Ceagesp que discutiu a construção de um mercado privado para transferência dos negócios do entreposto da Leopoldina para um local próprio. Liderados pelos permissionários Sérgio Benassi e Claudio Furquim, cerca de 400 produtores e permissionários da Ceagesp participaram da reunião. Segundo Benassi, o diretor da WTorre foi sentir qual a adesão dos permissionários ao projeto. A ideia é que todos os permissionários da Ceagesp (cerca de 2400) se transfiram para a nova central privada, caso a parceria com WTorre para construção do empreendimento se concretize. A área para construção já existe como opção de compra da empresa, na Rodovia dos Bandeirantes. Uma comissão de representantes dos vários segmentos (legumes, verduras, peixaria, frutas, flores, banana, batata, entre outros) da Ceagesp foi formada para levantar propostas e colocá-las em um documento para WTorre. Depois será feita uma lista onde os permissionários manifestarão o compromisso de apoio e transferência do seu negócio para o novo mercado. A comissão se reúne na quinta-feira (26), às 15h, no auditório da APAS, da Rua Pio XI, 1200.
Participação popular
Esta semana haverá reuniões e debates na região da Lapa e Leopoldina para esclarecer os moradores sobre o processo eleitoral do Conselho Participativo Municipal. É preciso conhecer as regras para se inscrever, concorrer e escolher seus representantes.
O Conselho Participativo Municipal (Lei de iniciativa do vereador José Police Neto) foi criado com a finalidade de exercer o controle social, assegurando a participação da sociedade, no planejamento e fiscalização das ações e gastos públicos nos distritos como também sugerir políticas públicas para os territórios (das subprefeituras). Esse conselho será formado exclusivamente por representantes da sociedade civil eleitos pelos moradores de cada distrito da cidade de São Paulo. As inscrições dos candidatos terminam no dia 7 de outubro, depois começa o período da campanha eleitoral. A eleição será em 8 de dezembro. No total serão eleitos 1165 conselheiros pela Cidade, sendo 38 deles da area da Subprefeitura Lapa (o distrito da Lapa vai eleger 7, da Leopoldina 5, Jaguaré 5, Perdizes/Pompeia 11, Barra Funda 5 e Jaguara 5 conselheiros).O processo eleitoral será semelhante ao tradicional. O Tribunal Regional Eleitoral vai disponibilizar 10 mil urnas para as eleições. O voto será distrital, ou seja, o candidato será eleito pelos moradores do distrito onde reside e fica sua seção eleitoral. As inscrições acontecem na Subprefeitura Lapa (Rua Guaicurus, 1000).
Mas vale destacar que um edital anunciado esta semana pela Prefeitura indica que os interessados em concorrer terão que apresentar uma lista com 100 nomes de moradores da Cidade que apóiam sua candidatura. Ou seja, o candidato já entra na disputa com aval de um grupo de eleitores.
O ideal é que cada um dos Distritos da Sub Lapa esteja representada de fato neste processo eleitoral. A comunidade deve estar atenta a esse processo, sob pena de ficar sem uma representatividade efetiva. Algumas lideranças já se movimentam para montar chapas para concorrer às vagas do Conselho Participativo Municipal na area da Subprefeitura Lapa. Talvez essa seja uma oportunidade de participar da construção do nosso próprio futuro, até porque dentre esses conselheiros que serão eleitos devem surgir futuras lideranças, representantes do poder popular local, e quem sabe um futuro candidato da região da Lapa à Câmara de vereadores. Um bom conselho é participar, votar e ser votado, ou apenas teremos a extensão dos gabinetes de políticos que já estão no poder.
Câmeras da GCM monitoram a região
As câmeras de vigilância instaladas pela GCM (Guarda Civil Metropolitana) em pontos estratégicos do bairro da Lapa, há mais de um ano, viraram ferramentas importantes para a GCM e Policia Militar, que compartilha o sistema de monitoramento da região. Uma delas foi instalada em agosto do ano passado pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana, responsável pela GCM na Rua 12 de Outubro com Clemente Álvares.
As imagens, monitoradas 24h por agentes do órgão, são gravadas, armazenadas, protegidas na forma da Lei e podem ser requisitadas pelas autoridades policiais e pela Justiça, a fim de auxiliarem na solução de crimes.
Segundo a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, todas as câmeras são instaladas após estudos, tendo como base os programas operacionais da GCM, os índices de criminalidade, os locais com grande fluxo de pessoas, veículos, além dos circuitos turísticos e de autoridades. De acordo com órgão, o principal objetivo da Central de Videomonitoramento da GCM é contribuir para a redução dos índices de desordem urbana e aumentar a segurança do município, uma vez que as câmeras possibilitam que os agentes operacionais atuem prontamente em ocorrências de dano ao patrimônio e má utilização do espaço público, por exemplo.
Segundo o comandante do 4º Batalhão da PM, tenente-coronel Armando Reis Filho, as câmeras se transformaram em uma importante ferramenta para a identificação dos autores de delitos, ocorridos em ruas com grande concentração de público como a 12 de Outubro e Clemente Álvares.
Ao todo, a região da Lapa conta com mais seis pontos de monitoramento. Além da 12 de outubro com Clemente Álvares, o centro comercial tem monitoramento na Rua Nossa Senhora da Lapa x Rua Afonso Sardinha (instalada em 4 julho de 2012), na Rua Doze de Outubro x Rua Barão de Jundiaí (Instalada em 6 de agosto de 2012) e na região do Mercado da Lapa, na saída para o Viaduto, (Instalada em 9 novembro de 2012). A Vila Leopoldina também tem monitoramento da GCM na Rua Seidel com Rua Baumann, Avenida Imperatriz Leopoldina com Rua Guaipá e Rua Xavier Kraus com Avenida Doutor Gastão Vidigal.
PM anuncia reforço de efetivo na Leopoldina
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O comandante da 2ª Cia do 4º Batalhão da Polícia Militar, Capitão Pimentel, informou que a companhia recebeu reforço de nove policiais, durante a reunião do Conselho Comunitário de Segurança da Vila Leopoldina (Conseg Leopoldina) realizada na terça-feira, 10, na UMC – Campus Villa Lobos, na Leopoldina. Cinco dos nove militares foram apresentados à comunidade.
Durante o encontro de autoridades de segurança e representantes da Subprefeitura e Guarda Civil Metropolitana, Pimentel apresentou um comparativo dos índices de criminalidade da região da Leopoldina como, por exemplo, furto de veículos. Ele comparou os dados de janeiro a julho de 2011, que teve 414 furtos de carros contra 404 registrados em 2012. O número de 2012 foi comparado com o mesmo período deste ano (janeiro a julho) quando foi registrados queda para 396 ocorrências. “47% dos veículos estão em São Paulo”, lembrou o militar sob reclamação que o número de furtos continua preocupante. Apesar da tendência de queda, comparando o período de janeiro a junho de 2012 com 1108 casos com 1389 de 2011, o registro de Furtos Outros ainda se mantém elevado: em 2013: foram 1046 casos contra os 1108 do ano passado, uma diferença de 62 casos a menos no mesmo período.
Agente de Defesa Civil acusa|empresas de contaminar o ar
O agente e gestor do Núcleo de Proteção de Defesa Civil da Lapa (Nuprodec Lapa) esteve na Associação de Amigos da Lapa de Baixo em busca de apoio para reforçar o pedido de fiscalização junto aos órgãos de controle ambiental. O objetivo é conseguir o maior número de reclamações para que a CETESB fiscalize o problema. Segundo ele, a contaminação química atmosférica atinge diretamente a região. “Já estive na Polícia Federal e eles apóiam e vão ligar para fazer a denúncia”, diz Vassoler.
Segundo o agente, duas empresas, o Grupo Sabó e a Estamparia Salete, estariam emitindo poluente que contaminam o ar. O documento apresentado ao presidente a Associação Amigos da Lapa de Baixo (AALB), Hotelo Telles de Andrade, tem um relato informando que a estamparia vem emitindo vapores tóxicos que se espalham pela redondeza, causando danos à saúde humana e ao meio ambiente. Já a outra empresa estaria, segundo ele, jogando produto química que causam danos aos carros e animais. De acordo com ele, as emissões ocorrem durante a madrugada de sábado, domingo e segunda-feira.
Comunidade da Ipojuca luta por UBS no lugar do CDC
Moradoras da Rua Francisco Alves, na Vila Ipojuca, querem que o CDC City da Rua Sepetiba, que tem saída para a Francisco Alves, seja transformado em uma Unidade Básica de Saúde, ou melhor, que a UBS da Rua Catão seja transferida para o local. Moradora há 60 anos na Francisco Alves, Matilde Alcântara Otero, lidera o movimento. “Precisamos de um posto. Muitas vezes as pessoas com pé quebrado e a casa tem uma rampa que não é adequada”, diz a moradora. Lourdes de Camargo é outra moradora que não aguenta mais a perturbação e quer que o local seja melhor aproveitado para uso da comunidade. “Já faz pelo menos cinco anos que a gente pede um posto de saúde neste local”, afirma Lourdes.
Matilde disse que já tem um abaixo-assinado que será reencaminhado às autoridades pedindo a instalação do posto no local. A direção do CDC realizou uma reunião, dia 27, com a comunidade local para discutir a reabertura do clube que ficou marcada para o dia 1 de outubro. Uma placa anuncia que os interessados em fazer eventos no local devem fazer seus cadastros com a direção do clube. Mas a Associação Amigos da Vila Ipojuca e Consabs também lutam pela UBS no local.