Associação revitaliza muro e muda visual da Rua Froben

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Foto: Maria Isabel Coelho

Maria Isabel Coelho
Grafiteiro Di Favela concluiu o painel no muro no domingo

Um painel mudou o visual do muro da antiga garagem de ônibus da CMTC, na Rua Froben, entre a Imperatriz Leopoldina e Baumann, na Vila Leopoldina.  Contratado pela Associação Viva Leopoldina de condomínios, o grafiteiro Emerson Pereira – mais conhecido como Di Favela – foi o autor da obra que reúne árvores e animais como macaco e onça pintada nos mais de 1200 m² de muro da antiga garagem de ônibus d CMTC, usada pela CET (companhia de Engenharia de Tráfego).
Segundo o presidente, Umberto de Campos Sarti, o local foi escolhido porque precisava de melhorias.  Sarti informa que a pintura teve autorização da unidade da CET que funciona no local.  A limpeza e corte de grama do canteiro da calçada  da Rua Froben também foi feito pela associação, afirma o presidente da Viva Leopoldina. “Contratamos grafiteiros. Tudo, a mão de obra e tinta, limpeza e corte de mato ficou cerca de R$ 6 mil”, revela Sarti. “O dinheiro gasto na revitalização do muro e canteiro foram arrecadados entre os condomínios associados. A ideia é fazer outras melhorias no bairro”, revela Sarti.

Cidadania e transparência

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Foto: Arquivo JG

Arquivo JG
Maria Isabel Coelho

No momento em que se discute o impedimento da Presidente da República no Senado Federal e a Operação Lava Jato que envolve políticos e grandes construtoras em corrupção na Petrobras e outros órgãos do governo, o coletivo Ocupe e Abrace dá um exemplo de cidadania e pede transparência à Prefeitura (por meio da Subprefeitura Lapa e Secretaria de Infraestrutura Urbana) com relação à aplicação dos recursos públicos de quase R$ 1 milhão destinado a reforma e manutenção da Praça Homero Silva, conhecida como Praça da Nascente por ter nascentes do córrego Água Preta na área verde.

O envolvimento do coletivo com o espaço é grande. O Ocupe e Abrace trabalha na revitalização da área verde da Pompeia desde 2013, incentivando a ocupação com atividades artísticas, de saúde e oficinas de conscientização ambiental (como o de uso racional da água e construção de mini cisternas entre outras). Até um mini cerrado a praça ganhou no ano passado. O artista plástico Daniel Caballero foi o autor da façanha com apoio do coletivo. Caballero plantou espécies de cerrado resgatadas pela cidade e batizou a obra de Cerrado Infinito da Praça da Nascente.

Depois que o grupo iniciou a ocupação, a praça ganhou novo visual com intervenções como a construção da cacimba de proteção, caminho e canalização da água da nascente até um lago construído na parte baixa do terreno. A luta do Ocupe e Abrace é pela sustentabilidade tanto nas atividades de ocupação quanto nas melhorias da praça.

A prestação de contas detalhadas já tinha sido feita pelo coletivo em setembro do ano passado à Prefeitura (Subprefeitura Lapa/Secretaria de Infraestrutura Urbana), mas sem resposta, segundo integrantes do grupo.

Uma nova tentativa foi feita pela rede social, no último dia 13, com a publicação de uma carta aberta endereçada à Construtora Massafera – detentora do contrato com a Subprefeitura para execução do projeto,citando o descontentamento e cobrando transparência quanto aos gastos com o dinheiro público em cada intervenção.

A carta lembra que há pelo menos três anos o coletivo vem conversando com a Subprefeitura da Lapa sobre a obra que inclui reforma do muro de arrimo, calçamento e instalação de brinquedos. Desde que a construtora Massafera (contratada pela Prefeitura, com sede em Araraquara) foi escolhida para conduzir a obra na praça, o coletivo lembra que diversas reuniões foram realizadas para sugestões e acompanhamento da reforma. “Apesar de inúmeros pedidos, não recebemos ainda o detalhamento do orçamento dessa obra, que soma quase R$ 1 milhão de reais. É nosso direito saber. É dever de quem faz a obra com dinheiro público informar como está aplicando a verba”, revela a carta do coletivo. A Subprefeitura, responsável pela contratação da empresa Massafera (por Ata de Preço) ressalta a colaboração do Ocupe e Abrace no projeto, e justifica o atraso na conclusão dos serviços com o tempo despendido na discussão de materiais para execução de equipamento da terceira idade. O órgão avisa que a empresa está na fase final da reforma, mas sem detalhar a aplicação do dinheiro público em cada intervenção.

O coletivo pede o que todos os brasileiros desejam dos políticos e órgãos governamentais, transparência com aplicação de recursos públicos em um espaço que é de todos nós.

Central de concretagem da Linha 6 será na Guaicurus

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Foto: Maria Isabel Coelho

Maria Isabel Coelho
Unidade de apoio Guaicurus vai produzir o concreto para toda obra da Linha 6 do Metrô

A Estação Santa Marina da linha 6 – Laranja do Metrô aguarda conclusão de desapropriação dos últimos imóveis para construção, segundo informação da Concessionária Move São Paulo responsável pela construção, sistemas, material rodante e operação da primeira linha por Parceria Público-Privada (PPP) integral de transporte do governo do Estado de São Paulo. A Santa Marina será a primeira estação a ser construída dentro da área da Subprefeitura Lapa, do outro lado do Rio Tietê, na vizinha Subprefeitura Freguesia do Ó será a estação batizada com o nome do bairro.

As obras de escavação do primeiro poço de ventilação (VSE Tietê) da Linha 6-Laranja, que ligará a região da Brasilândia a Estação São Joaquim, foi feita pelo governador Geraldo Alckmin em 13 de abril de 2015. O prazo de concessão é de 25 anos – sendo seis anos de construção e 19 anos de operação.

A linha Laranja terá 15 estações, cinco delas na região da Subprefeitura Lapa. Além da Santa Marina (na Avenida Santa Marina com Ermano Machetti), a obra inclui a Estação Água Branca (que será modernizada) e as novas estações Sesc Pompeia (na esquina da Avenida Pompeia com a Rua Venâncio Aires), Perdizes e PUC-Cardoso de Almeida.

O canteiro da Estação Santa Marina começou a ser instalado, mesmo com alguns imóveis (lindeiros) aguardando a desapropriação pela Justiça.

Uma central de concretagem foi instalada na unidade de apoio Guaicurus, localizada na área da Rua Guaicurus com Menfis. Todo concreto produzido na unidade será utilizado na construção da Linha 6 a partir da entrada pelo VSE Tietê (que fica próximo a Marginal no lado da Freguesia do Ó). As obras das estações da região da Subprefeitura Lapa estão previstas para começar no segundo semestre deste ano.

A concessionária avisa que existe a previsão para o fechamento de pequenos trechos das ruas Venâncio Aires e João Ramalho para a construção das estações Sesc Pompeia e PUC-Cardoso de Almeida, mas as interdições só ocorrerão dias antes do início dos trabalhos de preparação das áreas para a execução das obras. A população do entorno será previamente informada sobre as futuras interdições.

A Move São Paulo afirma que as obras estão dentro do cronograma previsto para ser entregue (toda linha) em 2020. “Orçado em R$ 9,9 bilhões, a expectativa do investimento é prover aos moradores da área da Lapa maior conforto nos deslocamentos e o mínimo impacto possível no decorrer da execução das obras”, afirma o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.

Coletivo quer transparência nos gastos de obra em praça da Pompeia

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Foto: Maria Isabel Coelho

Maria Isabel Coelho
Grupo vistoria equipamento que fica próximo a canalização da nascente

O Coletivo Ocupe e Abrace quer detalhes dos recursos destinados a reforma e manutenção da Praça Homero Silva, mais conhecida como Praça da Nascente por ser o local de nascente do Córrego Água Preta, na Pompeia. Uma placa da Prefeitura informa que o contrato (007/Siurb/2014) da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras destinou R$ 989.991,24 para reforma da Praça.

O grupo desenvolve um trabalho de ocupação com atividades no local. A implantação de cacimbas foi feita pelo coletivo para preservar a nascente canalizada para o lago que fica na parte baixa da praça. O projeto de reforma foi discutido nos últimos três anos entre a Subprefeitura e o coletivo.

A obra estava programada para começar em 6 de julho de 2015 com 150 dias de prazo (conforme a placa que teve a data escondida por pintura) para entrega, mas ainda falta a finalização do serviço. Segundo Adriana Carvalho, a prioridade era o muro de arrimo que apresentava perigo. Também foi feita a recuperação do calçamento e colocação de equipamentos de ginástica e infantil. “A obra que custou quase R$ 1 milhão e ainda não foi concluída”, afirma Adriana.

A Subprefeitura Lapa informa que “a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras realizou concorrência pública para o registro de preço com objetivo de contratar empresa para execução de serviços de manutenção preventiva em vários locais na Cidade. A Empresa Massafera ganhou a licitação no agrupamento 15 – Subprefeitura Lapa (ATA DE RP 15/SIURB/2014). A Subprefeitura Lapa pediu permissão a secretaria para utilizar a ata e contratou a Massafera para a obra da Praça Homero Silva. O órgão esclarece que houve um atraso na conclusão dos serviços devido a discussão de tipos de materiais para execução de equipamentos para a terceira idade com o coletivo.

Sobre os gastos, a Subprefeitura Lapa informa que em setembro de 2015, os membros do Ocupe e Abrace protocolaram uma solicitação no portal da Transparência da Prefeitura e foi disponibilizado o orçamento referencial da obra. O grupo também foi convidado a consultar o processo e projeto na Subprefeitura Lapa. Apesar da resposta, a Subprefeitura não informou o detalhamento dos recursos públicos aplicados em cada intervenção como pede o coletivo.

Benefícios da Linha 6

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Foto: Divulgação

Divulgação
Clodoaldo Pelissioni é secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos

Diante de um cenário econômico instável como o que se apresenta no momento, é com entusiasmo que acompanhamos as obras da Linha 6-Laranja de metrô prosperando. O ramal terá um terço das 15 estações concentrados na região da Lapa, ampliando a mobilidade dos moradores deste importante centro comercial e industrial paulista.

Orçado em R$ 9,9 bilhões, a expectativa do investimento é prover aos moradores da área da Lapa maior conforto nos deslocamentos e o mínimo impacto possível no decorrer da execução das obras. A previsão é transportar mais de 633 mil passageiros por dia no trecho completo do ramal, com redução do tempo médio de viagem, hoje feito de ônibus em 1h30, para cerca de 23 minutos.

Disposta a atender oportunamente as demandas dos mais de 270 mil habitantes da região da Lapa, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos destinou as Estações Santa Marina, Água Branca, Sesc Pompeia, Perdizes e PUC Cardoso de Almeida especialmente para a zona oeste da capital. Elas ainda oferecem interligação com Metrô e CPTM.

Com o compromisso de garantir acesso aos serviços, comércio, lazer e a outros interesses da vida urbana, o trajeto integral ligará Vila Brasilândia a São Joaquim. A consolidação deste projeto é o promissor resultado da parceria público privada com a Concessionária Move São Paulo, que contempla construção, operação e manutenção da linha.

Clodoaldo Pelissioni é secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos

Relator fala sobre impacto da nova Lei de Zoneamento

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Foto: Nikolas Antonzeczem

Nikolas Antonzeczem
Vereador Paulo Frange apresenta detalhes da lei no À Mesa com Empresários

“A Lapa vai ter um aquecimento das atividades econômicas” disse o relator da Lei de Zoneamento (Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo da Cidade de São Paulo), vereador Paulo Frange, para mais de uma centena de convidados no evento “À Mesa com Empresários” realizado, pela Página Editora e Jornal da Gente em parceria com o Espaço Armazém e Buffet Moreno’s e apoio do Ciesp Oeste e Portal Tudoeste, na segunda-feira, 11, no Espaço Armazém, na Vila Leopoldina. “A Cidade vai crescer sobre os eixos de mobilidade urbana (como previsto no Plano Diretor e mantido no zoneamento). Hoje as zonas de eixos, 6% do território da Cidade, vão poder receber prédios com até quatro vezes o terreno sem limite de gabarito (altura). A cidade vai adensar do ponto de vista construtivo e populacional ao longo desses grandes eixos de mobilidade urbana”.

A elaboração da Lei teve participação da sociedade. Segundo Frange, de tudo que foi discutido (no processo de audiências), a maior disputa ficou entre zonas residenciais, ZERs, e zonas corredor, ZCor. “A discussão entre o ambiente residencial (ZER) e comercial (ZCor) representou 1/3 de todo o debate na Câmara”.

Pela nova Lei, as Zonas Corredor ficaram restritas às áreas lindeiras aos residenciais. “A mais conhecida delas (na City Lapa) é a (Brigadeiro) Gavião Peixoto que ficou como Zona Corredor 2 – com as atividades que está lá (muitas de saúde e educação). Nós não vamos ter impacto maior dentro do bairro, todos os outros pedidos para cruzar a City Lapa não concordamos porque a sociedade lapeana pediu que não tivesse. Por vezes alguém critica que poderia ter colocado mais corredores porque tem casas de repouso aqui ou ali, mas não tivemos como atender (para evitar impacto)”, esclareceu o relator. “Ficam as casas de repouso autorizadas na zona corredor (ZCor) e não (dentro) na zona residencial”, avisa o vereador.

O Hospital Albert Sabin instalado na Brigadeiro Gavião Peixoto será tratado na Lei de Anistia. “O hospital teria que estar numa Zona Corredor 3. Se para atender o hospital tivéssemos colocado Zona Corredor 3 em toda Brigadeiro, o impacto na região seria grande porque a ZCor3 permite instalar restaurante com mais de 500 lugares. Com certeza na Lei de Anistia, vamos resolver a situação do hospital”, conclui Paulo Frange.

Assista os destaques da explicação do relator da Lei de Zoneamento pelo link:

Ou a palestra completa pelo link abaixo:

Projeto traz técnico da seleção de handebol feminino ao Pelezão

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Foto: Tiago Gonçalves

Tiago Gonçalves
Ricardo Santos com o técnico da Seleção Morten Soubak e Carlos Casalino

O morador da região e professor de educação física Carlos Casalino recebeu o apoio do técnico da Seleção Brasileira de Handebol Feminino, Morten Soubak, ao projeto que desenvolve em parceria como Clube Escola Pelezão. O handebol feminino brasileiro foi campeão mundial em 2013, com técnico dinamarquês Morten Soubak que prepara a seleção para olimpíada do Rio de Janeiro de 2016.

Morten visitou na quarta-feira (13) o clube Pelezão onde Casalino treina seu time feminino desde 2015. Casalino explica que o projeto é desenvolvido em cima do time que já existe, o Ellas, formado por meninas com idade entre 14 e 22 anos – entre elas sua filha. Mas o professor-voluntário vai alterar a faixa etária para abranger outras idades. Segundo ele, as novas faixas de idade tem o objetivo formar equipes com meninas de 8 a 14 anos – no Ellas Kids, outra com jovens de 17 a 29 anos e um terceiro time com mulheres de 30 anos que queiram fazer do esporte sua atividade física. O projeto de Casalino prevê também cursos de especialização para professores sobre o handebol. “Acho o projeto do Carlos muito legal. Precisamos de mais pessoas que possam se envolver do jeito que Carlos está se mostrado. Ele faz o projeto por amor, sem interesse próprio, mas sim porque gosta do handebol”, disse o técnico da Seleção Brasileira de Handebol.

O coordenador do Pelezão, Ricardo Santos lembra que o futuro do projeto depende da procura. Santos disponibiliza a quadra do clube para treino da equipe do professor Casalino. “A maior preocupação é trazer os jovens para as atividades do Pelezão como o handebol e aproveitar que a seleção está dando essa visibilidade”, disse o coordenador do Pelezão.
O apoio de Morten ao projeto aconteceu por acaso. Casalino e Morten se conheceram em um curso no ano passado. “Quero que o handebol no Brasil cresça e se eu posso dar apoio em qualquer sentido, vou fazer isso. A proposta de Carlos é muito boa, não é só para (formar) equipes, mas também de cursos para melhorar o nível de cada professor para saber mais sobre o handebol”, conclui Morten.

Segundo Casalino, seu trabalho é totalmente voluntário. “Estou aberto a ajudar o handebol na cidade de São Paulo. As escolas públicas (estaduais e municipais) e particulares que também se interessarem podem entrar em contato. Não quero ganhar nada, faço esse trabalho por amor ao esporte”.

Outras informações sobre inscrições devem ser obtidas por e-mail (c.casalino@terra.com.br) ou pelo telefone celular 99995-2802 com o próprio Carlos Casalino. “Preciso de pelo menos 12 meninas para começar um novo time”, conclui o professor-voluntário.

Morte de casal na City Lapa assusta comunidade

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Foto: Tiago Gonçalves

Tiago Gonçalves
Vizinhança ficou assustada com casal metralhado na casa da Praça José Roberto

A morte do casal Francisco Ferreira Medeiros Filho (68 anos) e sua mulher Tereza Luiza Almeida Medeiros (45 anos) metralhados na garagem de casa na Praça José Roberto Leite Penteado, no domingo (10), assustou os vizinhos, que evitam falar no assunto.
A procuradora de Justiça aposentada e ex-subprefeita da Lapa, Luiza Eluf participou da reunião do Conselho Comunitário de Segurança da Vila Leopoldina (Conseg Leopoldina), na noite de segunda-feira, 12, na Paróquia Santo Estevão Rei da Vila Anastácio, e anunciou seu retorno a presidência da Assampalba (Associação de Amigos e Moradores do Alto da Lapa e Bela Aliança). Luiza Eluf falou da preocupação com a segurança na região e pediu informações sobre o crime ao delegado do 91DP da Leopoldina, Levi D’Oliveira. “Por volta das 17h30 do domingo, o casal, que segundo consta, se declaravam advogados, ao chegarem em sua residência na Praça Senador José Roberto Leite Penteado, 95, foram surpreendidos por um individuo, que os estaria esperando em um veículo VW Gol branco, cujas placas não foram anotadas, e utilizando uma touca ninja para esconder o rosto, munido com uma metralhadora, desceu do veículo e disparou em direção ao casal, sendo que eles foram alvejados (Tereza com 11 tiros e Francisco por 15 disparos), tombando mortos no local. O autor dos disparos teria retornado ao veículo, onde um outro individuo o aguardava e tomaram rumo ignorado. Um senhor de 85 anos que  acompanhava o casal também foi atingido e socorrido ao Hospital das Clinicas. As vítimas possuíam antecedentes criminais por estelionato e receptação. A ocorrência foi registrada no 91º DP, no entanto, está sendo investigada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa – DHPP, especializado nesse tipo de crime”, explicou o delegado. A ação foi registrada pelas câmeras de vigilância instaladas na rua. Segundo informações divulgadas pela polícia, dentro da casa tinha mais câmeras de monitoramento.

À espera da decisão

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Foto: Arquivo JG

Arquivo JG
Maria Isabel Coelho

A indefinição política contaminou a economia. A paralisia nos negócios e o desemprego crescente dominam as rodas de conversa entre lideranças e empresários da região. Esse domingo será de decisão com a votação do impeachment da presidente Dilma Roussef, na Câmara Federal.

A espera é cruel. A tensão política dos corredores de Brasília parece que contaminou o ambiente regional. O início da reunião do Conselho Participativo Municipal da Subprefeitura da Lapa, por exemplo, foi uma loucura, na quarta-feira. Alguns conselheiros falavam e outros discutiam ao mesmo tempo.

A sensação é que todos estão surdos ou com nervos à flor da pele com o impasse do impeachment. Afinal, milhões de brasileiros estão com decisões congeladas por conta da crise política Nacional. Queda na arrecadação de impostos, atraso no pagamento de contas básicas como água (Sabesp) e luz (Eletropaulo) e queda no movimento do comércio estão entre sinais da crise que o País atravessa.

Muitos não admitem, mas a política faz parte do cotidiano de todos. As decisões do governo afeta a vida das pessoas. Nesse momento de ânimos exaltados é preciso manter o controle, a civilidade e pensar no melhor para toda sociedade Nacional e local, sem privilegiar apenas esse ou aquele grupo. Exemplos apontados como equívocos, que podem resultar em caminhos incertos, devem ser excluídos da cartilha daqueles conselheiros (participativo, de segurança, de Saúde ou de Meio Ambiente, entre outros) que pretendem seguir a carreira política. A sociedade dá sinais de cansaço do jogo de interesse, das denúncias de corrupção e desvios de recursos que refletem em prejuízos como falta de leitos hospitalares, de vagas em creches e de habitação, por exemplo.

Do Conselho Participativo se espera mais foco no que é de interesse de toda região. Afinal, o Conselho Participativo Municipal é um organismo autônomo da sociedade civil, reconhecido pelo Poder Público Municipal como espaço consultivo e de representação da sociedade no território da Subprefeitura Lapa. Todos seus conselheiros foram eleitos para exercer o controle social e assegurar a participação no planejamento e fiscalização das ações e gastos públicos, como também sugerir ações e políticas públicas no território da Subprefeitura. E é aí que devem concentrar seus esforços. O povo está cansado de tantas intrigas e indefinições.

A espera não é fácil. A expectativa é que o resultado da votação do impeachment não provoque violência e nem vire um muro entre lideranças e moradores. Afinal, depois do domingo, a vida continua nos bairros da gente.

Uma boa surpresa

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Foto: Arquivo JG

Arquivo JG
Maria Isabel Coelho

Em tempo de dengue e surto de gripe, chega uma boa notícia na área da saúde. O governo Geraldo Alckmin publicou um decreto (dia 2) que transfere para a Prefeitura o uso do complexo do Hospital Sorocabana por 20 anos. O novo decreto revoga o anterior, publicado em 2013, que dava o mesmo prazo de posse ao município, mas também parte do térreo, do 4° e do 5° pavimento para uso do Hospital das Clínicas. O decreto foi publicado logo que o prefeito Fernando Haddad tomou posse como prefeito. O então secretário adjunto de Saúde do Município, Paulo Puccini, alegou na ocasião que o decreto precipitou o processo de negociação que estava em andamento entre a Prefeitura, o então Secretário de Saúde do Estado Giovanni Cerri e o HC. Sem um acordo entre os dois governos, o processo ficou entre discussões e promessas e não evoluiu, deixando a região sem o sonhado hospital municipal com atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A partir do novo decreto, a Prefeitura recebe a posse de todo o complexo de prédios da Rua Faustolo com Catão. O desafio do prefeito Haddad – em fim de mandato e ano eleitoral – é colocar o hospital em funcionamento como quer a comunidade desde que a Associação Beneficente dos Hospitais Sorocabana (que tinha a posse e era mantenedora do hospital) fechou as portas em 2010 por causa de dívidas. A área do Estado foi retomada na Justiça. Em 2012, o governo Alckmin transferiu a posse do Sorocabana ao Município (ainda na gestão do então prefeito Kassab) para colocar o hospital em funcionamento. A solenidade da assinatura do termo de cessão de posse (por um período de 20 anos) ocorreu em 17 de janeiro de 2012, entre o governador Alckmin e o então prefeito Kassab, no saguão do próprio Sorocabana, mas a costura do acordo começou, antes, em outubro de 2011. “O termo que assinamos hoje é para uma posse de 20 anos, mas vou encaminhar à Assembleia Legislativa Projeto de Lei garantido à Prefeitura a posse definitiva do Sorocabana”, declarou o governador naquele dia, mas o projeto não foi encaminhado a Assembleia.

Com tantas reivindicações e abaixo-assinados, em 2012 (ainda na gestão Kassab) a Prefeitura abriu uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA) 24h e uma AMA Especialidades no térreo do prédio – no lugar do antigo Pronto Socorro do hospital. Mas a herança sobre a posse do hospital ficou para a gestão petista. Mesmo sem um acordo sobre o decreto de 2013, o prefeito Haddad inaugurou em 2014 um Hospital Dia da Rede Hora Certa, no lugar da AMA Especialidades, com centro cirúrgico, exames e consultas especializadas – que se somou a AMA 24h já em funcionamento – e esse ano entregou um Centro de Reabilitação em um dos imóveis do complexo hospitalar.

Haddad ficou sabendo do novo decreto pelo Diário Oficial. Seus planos é transformar o antigo hospital em uma unidade especializada na saúde do idoso. “São Paulo não tem um hospital especializado na saúde dos idosos”, disse o prefeito. É bom lembrar que a região concentra boa parte da população de idosos da Cidade. Inaugurado em 1955 para atender funcionários da Ferrovia Paulista S/A, o Sorocabana chega aos 61 anos com a estrutura debilitada, mas com uma promessa do prefeito de um pronto restabelecimento (com investimento na reforma) para voltar a ser referência no atendimento à saúde na região. Sem dúvida, uma boa surpresa. Falta o projeto sair do papel para atender, de fato, o desejo de toda comunidade.