A raiz do problema

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Maria Isabel Coelho

O período de verão se aproxima e com ele a previsão de ventanias e chuvas que, muitas vezes, causam queda de arvores sobre as ruas, carros, casas e até pessoas pela Cidade. Muitas levam ao chão a fiação elétrica enroscada em galhos, provocando a queda de energia. Os prejuízos são muitos, tanto em residências quanto no comércio.

 
A Lapa é uma das subprefeituras mais arborizadas da Cidade. A fila de pedidos é grande e as reclamações constantes nas reuniões de zeladoria, do Cades Lapa, do Conselho Participativo e até dos Consegs (Lapa, Leopoldina e Perdizes) devido longa espera pelo serviço, mas a solução pode estar a caminho. O prefeito Fernando Haddad lançou na quarta-feira (26) o Plano Intensivo de Manejo Arbóreo (PIMA) para os serviços de podas, remoções e plantio de árvores, justamente, com o objetivo de reduzir o risco de quedas durante o período de chuvas.

 
Baseado no Sistema de Gerenciamento das Árvores Urbanas (SisGau), que registra 650 mil exemplares mapeados, as equipes da Prefeitura serão reforçadas para aprimorar as vistorias técnicas nas árvores. O plano terá início na terça-feira (1º) e também pretende atender solicitações da comunidade feitas pelo Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), diminuindo o tempo de espera.

 
Pela massa arbórea significativa, a Lapa está entre as oito subprefeituras que terão prioridade no PIMA, com Sé, Pinheiros, Butantã, Santo Amaro, Vila Mariana, Ipiranga e Mooca. Juntas elas têm 42% das árvores do viário da Cidade e 62% das quedas registradas nos últimos dois anos. As oito subprefeituras também correspondem a 44% das reclamações registradas no Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC). Ao longo de todo o ano de 2014, foram registradas 2.163 quedas de árvores, algumas na região da Lapa.

 
Cerca de 50% das interrupções do fornecimento de energia na cidade são causadas por queda ou atrito de árvores com a rede elétrica. Vila Romana, Leopoldina, Alto da Lapa e Pompeia estão entre as regiões mais afetadas em época de verão.

 
Na tentativa de solucionar também os problemas de interferências da fiação elétrica, a Prefeitura firmou uma parceria com a concessionária AES Eletropaulo para manejo de espécies. Só na região da Lapa, cerca de 800 árvores enroscados em fios da rede elétrica aguardam na fila de atendimento.

 
A partir do convênio, a concessionária será responsável pelo serviço e deve zerar o estoque de solicitações (com fiação entre os galhos) pendentes da Prefeitura em 180 dias e as novas em até 90 dias. Com o plano e a parceria, a gestão de Fernando Haddad pode resolver boa parte da raiz do problema ambiental da região.

Associação recorre ao MP para esclarecer nova licitação em obra

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Diretor disse que a canalização está em R$ 178 milhões devido adequações do projeto

A presidente da Associação Amigos da Vila Pompeia, Maria Antonietta de Lima e Silva protocolou petição no Ministério Público pedindo explicação a diretoria da SPObras sobre a informação de que seria feita uma nova licitação para canalização dos Córregos Água Preta e Sumaré.

A preocupação de Antonietta é quanto à aplicação dos recursos arrecadados (um total de mais de R$ 698 millhões) durante 18 anos de vigência da Operação Urbana Água Branca que tem prioridades elencadas na Lei de 1995. “A Operação Urbana Água Branca foi substituída pela Operação Urbana Consorciada Água Branca. A Associação conseguiu judicialmente segregar o dinheiro já arrecadado para as obras já elencadas na OUAB. O consórcio Engeform e a Construtora Passarelli foram os vencedores da licitação e deveriam receber R$ 143 milhões. Mas só em julho de 2013 iniciou-se a obra da canalização cujo prazo foi estimado em 33 meses quando o orçamento já chegava a R$ 200 milhões. Para espanto da população, nos chega agora à informação, de que o projeto em andamento não será capaz de resolver o problema das enchentes na região da Pompeia e implicará em novo projeto e nova licitação. Se for feita nova licitação para projeto, consumirá recursos segregados da Operação Urbana de 1995, inviabilizando o cumprimento dos itens III e V do artigo 8º, a extensão da Avenida Auro Soares de Moura Andrade e a extensão da Avenida Pompeia até essa nova Avenida, prejudicando a população necessitada desses imprescindíveis acessos viários”, diz a petição da presidente da entidade.

A promotoria de Justiça de Habitação e Meio Ambiente do Ministério Público pediu explicações ao diretor de Desenvolvimento e Projetos da SPObras, Osvaldo Misso, que negou a realização de nova licitação para obra de drenagem dos córregos Água Preta e Sumaré. “O contrato (com o consórcio Sumaré) está sendo devidamente cumprido pelo consórcio. Cerca de 75% da Obras previstas no contrato já foram executadas”, disse o diretor ao MP.
A previsão de término da obra, afirma Misso, é maio de 2016. Ele confirmou o valor inicial do contrato, de cerca de R$ 143 milhões. “Atualmente o valor é de R$ 178 milhões, decorrentes de adequações do projeto devido às interferências no trânsito e no subsolo”, afirmou o diretor da SPObras à promotoria. “Será aberta licitação para as obras previstas nos incisos III e V artigo 8º da Lei 15.893/13”, acrescentou Misso. Os incisos III se refere ao prolongamento da Avenida Auro Soares de Moura Andrade até a Rua Santa Marina e o V a obra de extensão da Avenida Pompeia até Avenida Auro de Moura Andrade, como reivindica a associação.

Conpresp e associações discutem tombamento de franjas da City

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Nádia Somekh: vamos sistematizar tudo numa próxima reunião do conselho

A presidente do Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), Nádia Somekh se reuniu com representantes da Distrital Oeste da Associação Comercial de São Paulo, do Consabs (Conselho das Associações Amigos de Bairro da Região Lapa), Assampalba, Amocity, Preserva São Paulo e Defenda São Paulo, empresários e moradores para esclarecer o novo texto da minuta da Resolução de tombamento do perímetro do entorno da City Lapa. “A reunião foi para apresentar a simplificação da resolução (4) de tombamento (da franja) que mantém aquilo que já é tombado e reitera a importância de se manter as exigências contratuais dos lotes da City Lapa e também propor na chamadas franjas, uma zona de transição como é consagrado na Lei de Zoneamento”, explica Nádia.

O diretor do Consabs, Reinaldo Holdship ficou satisfeito pela disposição da presidente do Conpresp ouvir as entidades antes da conclusão da resolução de tombamento. “Os lotes que estão nas franjas e que tem escritura com a mesma característica da City fazem parte do tombamento, aqueles que não têm, seguem as regras do zoneamento. Dentro do perímetro da área de transição tem lotes que não têm restrições, são menores e mais simples. É o caso, por exemplo, da Rua Aliança Liberal até a Schilling e Passo da Pátria – tem lotes que não fazem parte do loteamento City”, comenta Holdschip.

Para a presidente da Assampalba, Maria Laura Zei, a criação da area de transição da City é importante porque tem alguns gabaritos que ajudam a preservar a área tombada pela importância e relevância ambiental do bairro e do patrimônio histórico cultural, de 1920.
O coordenador do Conselho de Política Urbana da ACSP – Oeste, Douglas Formaglio, disse que avalizou a proposta apresentada pelo Conpresp de manter (nas franjas) as características atuais da City. “Foi colocado que novos empreendimentos possam ter gabarito de até 25 metros de altura. Os lotes que não pertencem ao loteamento da City têm que seguir as regras da Lei de Zoneamento. Vamos analisar e ratificar a colocação”, afirmou Formaglio. As associações têm até 18 de setembro para apresentar os comentários da proposta apresentada pelo Conpresp. “Vamos sistematizar tudo numa próxima reunião do conselho, ainda sem data, prevista para acontecer até o final de setembro”, conclui Nádia Somekh.

Novo Fórum da Lapa está entre PPPs arquivadas pelo Governo

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Terreno onde está prevista a construção do novo Fórum fica na Lapa de Baixo

A construção do Fórum da Lapa está no pacote dos 32 projetos de Parceria Público-Privada descartados pelo governo do Estado de São Paulo no início da semana. O Fórum da Lapa está entre os seis fóruns que seriam construídos pelo governo paulista por meio de PPPs. Estavam previstas duas unidades na capital, na Lapa e em Itaquera, e quatro no interior, em Guarulhos, Bauru, Presidente Prudente e Carapicuíba. Em julho de 2013, quando o protocolo de intenção para construção por PPP foi assinado entre o governador e o então presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Sartori, só a obra do Fórum da Lapa estava orçado em R$ 75 milhões.

Surpreso com a notícia, o presidente da Subseção Lapa da Ordem dos Advogados do Brasil, Pedro Napolitano, disse que vai procurar a Secretaria e o TJ. “Vamos pedir uma reunião para discutir a questão”.

Também foram descartados os projetos do Expresso Jundiaí (que sairia da Estação Água Branca), a modernização da Linha 7 – Rubi da CPTM (com estação na Lapa), e a Linha 20 – Rosa do Metrô que ligaria a Lapa a Moema, com extensão total de 12 quilômetros e 14 estações, três na região da Lapa.

Esclarecimentos

Questionada sobre os projetos previstos para a região, o governo encaminhou nota esclarecendo que “não está excluindo projetos, mas ideias de empresas ou consórcios privados que não são prioritárias para o Estado ou cuja execução pode ser feita de forma mais eficiente e menos onerosa para o contribuinte. Há várias alternativas para a condução de projetos de infraestrutura econômica e social, entre elas a PPP, a concessão ou a realização como obra pública. O fato de uma proposta específica não se mostrar viável, não significa que o Governo de São Paulo tenha desistido da realização do projeto.
De acordo com a nota, o Conselho Gestor de Parcerias Público-Privada (PPP) se reuniu em 3 de julho e analisou 43 propostas de PPP, das quais 11 terão estudos aprofundados. O Conselho pedirá que as propostas sejam submetidas atualização, face à mudança do cenário econômico e regulatório. Outras 32 ações foram arquivadas, muitas delas ultrapassadas e até implementadas por meio de outras iniciativas. É o caso do Parque Tecnológico do Jaguaré que foi contratado por licitação. O Expresso Jundiaí além do Expresso ABC e Expresso Bandeirantes foram arquivadas por concorrer com a proposta de Trens Intercidades, que terá estudos aprofundados.
No caso da Gestão dos Fóruns, única proposta que partiu do Governo, houve impedimento jurídico por conta de resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo a CPTM, o projeto de modernização da Linha 7 – Rubi foi arquivado porque já vem sendo feito pelo governo.

Batalhão cancela encontro por causa de policial baleada

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Perícia na Avenida Nações Unidas onde a viatura da PM foi alvejada pela quadrilha

Está cancelado o Encontro do 4º Batalhão da Polícia Militar com as associações, entidades e comunidade da região Oeste programado para esta quinta-feira (27), às 20h, no Colégio Santo Ivo.

Segundo o comando do batalhão, a corporação está empenhada em dar assistência a família e a policial feminina que foi alvejada com um tiro de fuzil na cabeça, na madrugada de quarta-feira, na Avenida Nações Unidas, próximo ao portão 12 da Ceagesp, por integrantes de uma quadrilha que explodiu e roubou o caixa-eletrônico do lado interno da portaria do entreposto de alimentos, na Vila Leopoldina. Ninguém foi preso até o momento.

CET fecha retorno por causa de furto de fios

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A Companhia de Engenharia de Tráfego fechou o retorno da Rua Monte Pascal com Barão de Itaúna (sentido Vila Hamburguesa, Leopoldina e Ceagesp) por causa de furtos de fios dos semáforos. Até o dia 17, a CET registrou quatro vezes o furto da fiação no cruzamento.

O fechamento do retorno é temporário e tem a finalidade de evitar acidentes no local por causa dos semáforos apagados. Até que seja realizado o reparo, o motorista tem que ir até o retorno em frente ao Hipermercado Extra para retornar e acessar o lado da Barão de Itaúna sentido Leopoldina.

Na manhã de terça-feira o acesso permanecia fechado e os semáforos desligados. O CET estuda uma forma mais segura de instalação dos fios para evitar novos furtos.

Senac Francisco Matarazzo reabre com atividades para comunidade

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Ulisses Defonso Matanó mostra a biblioteca e o computador com lupa para deficiente visual

As novas instalações do Senac Francisco Matarazzo foram apresentadas à imprensa pelo gerente da unidade, Ulisses Defonso Matanó, em um café da manhã, na quarta-feira (19). Depois de ficar fechado por longo período em reforma, o prédio com cerca de 6 mil metros quadrados (divididos em dois blocos e sete andares) foi modernizado e reabriu, dia 10, sem festa, mas com uma programação especial e gratuita para comunidade. “Foram investidos cerca de R$ 15 milhões na reforma e mobiliário”, revela o gerente.
A unidade oferece cursos livres, técnicos, de pós graduação e extensão universitária em várias áreas da qualificação profissional como administração geral, desenvolvimento social, empreendedorismo, gestão executiva, gestão de negócios, gestão de pessoas, idiomas, marketing e tecnologia da informação e vendas, entre outros. Segundo o gerente, a unidade é focada em gestão de negócios. “Nossa oferta de cursos foi planejada para atender as necessidades do mundo do trabalho, principalmente na área de gestão de negócios, para o qual grande parte de nossa programação está voltada”, explica o gerente.
As modernas instalações contam com 33 salas de aula e 4 laboratório, sendo três de informática e um de idiomas, além de uma biblioteca com amplo acervo de livros e materiais audiovisuais mais 30 computadores para pesquisa. “A biblioteca é aberta à comunidade, basta fazer a carteirinha”, avisa Matanó que quer aproximar a comunidade da unidade.
Instalada na movimentada avenida que dá nome a unidade, o Senac Francisco Matarazzo recebeu tratamento acústico em todas as salas, ar condicionado, som, iluminação e clarabóias nas escadas para redução no consumo de energia.  Em era tecnológica, as salas contam com lousas eletrônicas para facilitar o aprendizado dos alunos.

Programação

A programação gratuita em comemoração a reabertura da unidade oferece oficinas como “Raciocínio Lógico” na quarta-feira (26), das 14h às 16h, e Inteligência se aprende,  dia 31, das 10h às 12h, além de workshops como o de Liderança na terça-feira (15), a partir das 9h, e de palestras como “Despeça seu chefe e ganhe um líder”, na terça-feira, 19h, entre outras. Informações na unidade Senac Francisco Matarazzo (Avenida Francisco Matarazzo, 249), por telefone 2189-2100 ou e-mail (franciscomatarazzo@sp.senac.br). A programação gratuita em comemoração a reabertura da unidade conta com várias oficinas, palestras e workshops. Informações na Avenida Francisco Matarazzo, 249, telefone 2189-2100.

Comandante de batalhão realiza encontro com a comunidade

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Tenente Coronel Pereira, comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar

O comando do 4º Batalhão da Polícia Militar da região realiza um encontro com a comunidade na quinta-feira, 27, às 20h, no auditório do Colégio Santo Ivo, Unidade II (Praça Dr. José Getúlio de Lima, 26), na Vila Leopoldina.  “A idéia é exibir de forma simples, objetiva e interativa as atividades da Unidade em prol da população da região, com ênfase nos aspectos operacionais e resultados obtidos, pois é relevante que as pessoas conheçam melhor a Polícia Militar, responsável pela prevenção e repressão criminal. Não adianta ter bons índices criminais se eles não se traduzem em sentimento de segurança nas pessoas”, explica o comandante do 4º Batalhão, tenente-coronel Claudinei Pereira. “Pretendemos ouvir os anseios da comunidade em face de sua Unidade de Polícia Militar”, conclui o  militar que destaca o resultado do trabalho dos seus comandados. Além da prisão de um estuprador, uma carga de cerca de 5800 maços de cigarro foi recuperado na tarde de quarta-feira durante a prisão de uma quadrilha na Rua Caraíbas. A viatura com o cabo PM Márcio e a cabo PM Rosangela prenderam os criminosos e recuperaram a carga. “Os flagrantes ajudam a reduzir os índices na area”, disse o comandante do 4º Batalhão da PM.

Poder local e interesse individual

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Maria Isabel Coelho

Esta semana a Controladoria Geral do Município (CGM) divulgou o resultado de uma auditoria realizada na Subprefeitura Lapa, no mês de junho. O relatório apontou 19 irregularidades que tratam desde questões genéricas às mais amplas e até ocorrências pontuais. Entre elas, a inexistência de normas para a concessão, transmissão e cassação de Termos de Permissão de Uso (TPUs), documento que dá direito a ambulantes, donos de banca de jornal e de bares e restaurantes de usar o espaço público, que na verdade é de todos nós.
Entre os problemas identificados estão ainda a destinação de produtos apreendidos em desacordo com a legislação (aqueles recolhidos de ambulantes), infraestrutura precária, pagamentos de horas suplementares a servidores sem justificativa circunstanciada, inobservância ao princípio de segregação de função quanto à licitação, contratação e fiscalização de contratos e debilidades e imprecisões na execução de serviços prestados pelas empresas de limpeza predial e de locação de veículos e motoristas e até funcionária ausente durante o período de trabalho dos auditores.
Com a responsabilidade de garantir a defesa do patrimônio público, promover a transparência e prevenir a corrupção na gestão municipal, a CGM concluiu que a Sub Lapa possui controles internos informais que colocam em risco o patrimônio público.
Por meio de sua assessoria, a Subprefeitura reconhece a auditoria como um avanço no mecanismo de transparência, controle e organização da administração pública.
Segundo a nota, os apontamentos levantados no relatório tratam especificamente de ajustes administrativos, os quais já foram respondidos à Controladoria e estão sendo aprimorados pela Subprefeitura. As normas de procedimento para concessão, transmissão e cassação de TPUs foram identificadas pela própria Sub Lapa e descritas à equipe da Controladoria, como forma de aprimoramento dos controles internos. Segundo o órgão foram criados formulários específicos e ferramentas para controle desta área.
Em grande parte a Subprefeitura justificou as fragilidades apontadas no relatório à falta de recursos humanos qualificados e em quantidade suficiente para a gestão de organização e controle da unidade. Com seis distritos (Lapa, Vila Leopoldina, Perdizes/Pompeia, Jaguara, Jaguaré e Barra Funda), mais de 40 km de extensão e uma população de mais de 305 mil habitantes, a Subprefeitura Lapa é uma das mais cobiçadas entre políticos da Cidade. Seu orçamento atualizado é R$ 41.833.676 para 2015. A área tem um centro comercial importante e entidades e população ativas.
Por esse perfil, a Subprefeitura Lapa acabou loteada por indicações de vereadores de diferentes partidos da base (PT, PSB, PP, PTB…) de apoio ao prefeito Haddad. Com tantos apadrinhados políticos dividindo poder, a corda tende a arrebentar do lado da comunidade que é a maior prejudicada com a inércia provocada pela disputa de interesses individuais na busca de votos para as próximas eleições.

Auditoria aponta irregularidades na Subprefeitura Lapa

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Subprefeitura atribui parte dos problemas a ausência quantitativa de funcionários com qualificação e nível intelectual coerente para as funções

A Controladoria Geral do Município divulgou na tarde de quarta-feira (19) o resultado de uma auditoria interna realizada na Subprefeitura da Lapa durante o mês de junho. De acordo com o documento, foram constatadas 19 irregularidades. Entre os problemas identificados estão fragilidades nos sistemas de controle de taxas e emissões do Termo de Permissão de Uso (TPU) – para bancas de jornal, para a instalação de mesas e cadeiras sobre calçadas e para o comércio de alimentos em vias e áreas públicas -, além da destinação de produtos apreendidos em desacordo com a legislação, pagamentos de horas a servidores sem justificativa, funcionária ausente, inobservância ao princípio de segregação de função quanto à licitação, contratação e fiscalização de contratos e imprecisões na execução de serviços prestados pelas empresas de limpeza predial e de locação de veículos e motoristas. Também foi apontada a falta de divulgação de contratos (de locação de 11 veículos com motorista e combustível e a locação de três veículos sem motorista e sem combustível) no Portal da Transparência. Sobre a constatação, a Subprefeitura respondeu a auditoria que parte dos problemas era decorrente da “ausência quantitativa de funcionários com qualidade e nível intelectual coerente” para as funções. Durante a auditoria, uma servidora não foi encontrada durante uma semana de trabalho de campo. Ciente da ocorrência, o subprefeito a exonerou em 10 de junho.
Em nota à redação, a Subprefeitura Lapa reconhece a auditoria como um avanço no mecanismo de transparência da administração pública. Segundo o órgão, os apontamentos tratam de ajustes administrativos que foram respondidos a CGM e estão sendo aprimorados pela Subprefeitura. Itens como as normas de procedimento para concessão, transmissão e cassação de TPUs foram identificados pela própria Subprefeitura e descritos a equipe da Controladoria como forma de aprimoramento dos controles internos. Para isso, foram criados formulários específicos visando à gestão no controle da área. Sobre a destinação dos produtos apreendidos, também foi criada uma portaria (051/2015/SP-LA/GAB), publicada em 15 de agosto de 2015 no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, que constitui uma comissão para auditar todas as mercadorias apreendidas. Com referência à divulgação dos contratos no Portal da Transparência, a SubLapa esclarece que os contratos (002/SP-LA/2014 e 005/SP-LA/2015) foram inseridos na relação publicada no Portal da Transparência da Sub Lapa, no campo Acesso à Informação – Contratos, Convênios e Parcerias, no mês de julho de 2015. As demais constatações da auditoria podem ser conferidas pelo site [www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/controladoria_geral/OS%2027-2015%20LAPApdf(1).pdf].

Subprefeitura atribui parte dos problemas a ausência quantitativa de  funcionários com qualificação e nível intelectual coerente para as funções
Subprefeitura atribui parte dos problemas a ausência quantitativa de
funcionários com qualificação e nível intelectual coerente para as funções