Levantamento parcial da Coordenação Regional de Saúde Oeste confirma a tendência de avanço da dengue. Até o dia 3 de março foi confirmado um total de 152 casos positivos de dengue na região da Lapa. A Supervisão Técnica de Saúde intensificou as ações de combate ao mosquito da dengue para coibir o aumento de casos da doença na região. Esta semana, agentes passaram pela area de abrangência da Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque da Lapa e Vila Leopoldina, que concentram casos de dengue, para combater o mosquito e eliminar criadouros. “O mosquito transmissor da dengue pode se reproduzir em qualquer pequena concentração de água, desde uma tampinha de garrafa a um prato de vaso que pode se tornar um criadouro”, alerta o secretário adjunto de Saúde, Paulo Puccini.
Sobrevôo perigoso
O sobrevôo do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, tem feito vítimas na região. Por isso, eliminar todo tipo de recipiente que pode servir para proliferação do mosquito é importante. As operações de limpeza da Guarda Civil Metropolitana e Subprefeitura Lapa envolve, sim, a questão social dos moradores de rua, mas também contribui para a saúde pública porque retira das ruas montanhas de lixo e recipientes que, em época de chuva, podem virar criadouros do mosquito.
A Prefeitura deve ficar atenda aos pontos viciados de todo tipo de descarte. O PEV do Pelezão, por exemplo, voltou a sofrer a ação dos sujões depois de mais de uma semana livre de entulhos. A concessionária Inova que presta serviço de coleta para a Prefeitura, tinha até segunda-feira um funcionário monitorando o local. Sem a vigilância, a montanha de entulho fazia vizinhança com os containers vazios da coleta de recicláveis, na manhã de sexta-feira. O mais grave é que em pleno período de chuva e de contaminação pelo mosquito dengue, um pneu foi deixado no topo da montanha. Falta bom senso e consciência. O pneu armazena água e, se não for retirado do local, vai, sim, se tornar um criadouro do Aedes aegypti.
Na quinta-feira foi apresentado o quarto balanço oficial do ano sobre a situação da dengue pela Secretaria Municipal de Saúde. No período de 4 de janeiro a 28 de fevereiro foram notificados mais de 7500 casos e confirmados 1833 casos de dengue contraídos no município (autóctones). No mesmo período de 2014, a cidade teve 2581 casos notificados e 613 autóctones confirmados. Ao contrário do ano passado, dessa vez não estamos no topo da lista, cerca de 53% dos casos de dengue estão concentrados na Zona Norte. Em 2014 a maioria estava na região da Lapa, Jaguaré e Rio Pequeno.
Eliminar qualquer recipiente como pratos de plantas, tampinha e garrafa é obrigação da comunidade para prevenir o avanço da doença em sua própria casa. Os sinais de febre, dor no corpo e atrás dos olhos tem lotado o Pronto Socorro da Lapa, hospitais, Unidades Básicas de Saúde e a AMA 24h do Sorocabana. Por dia, o PS Lapa recebe cerca de 20 casos suspeitos. E nem estamos no pico da doença, que é em abril. Até terça-feira foram notificados 101 casos suspeitos e confirmados 29 só no Pronto Socorro. Já a AMA 24h realizou 330 testes entre janeiro e fevereiro, com 66 casos positivos da doença. Para complicar, o mesmo transmissor da dengue é o responsável pela febre Chikungunya, que chega ao Brasil a partir de ocorrências em países da América Latina e Caribe. Quatro casos foram confirmados em pessoas vindas de fora do município, mas a maior preocupação continua sendo a dengue. Um levantamento parcial da Coordenadoria Regional de Saúde mostra que até o último dia 3 já estavam confirmados 152 casos na região. A lição é simples: o combate ao mosquito dentro de casa é a melhor forma de impedir o avanço da dengue.
Curso na ACM-Lapa ensina como organizar a casa
A moradora da City Lapa, Maria Bernadete Tancredi Mininel e sua irmão Cristina Maria Tancredi da Fonseca estão com o curso Organizar na ACM-Lapa, de terça e quinta-feira, das 15h às 16h30. Conhecidas por Cris e Dete, as consultoras iniciaram as aulas com dicas importantes para organização de guarda-roupas na terça-feira. Na quinta foi sobre organização de cozinha. Segundo elas, o primeiro passo para organizar um guarda-roupa é fazer uma limpeza nas peças que não se usa mais. As próximas aulas serão: organização de banheiros e lavanderia, armário infantil, sala e papelada da casa e arrumação de malas (dia 19). Inscrições e informações pelo telefone 98609-7282 (Bernadete) ou no local da aula, Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 1100.
Quem quiser trocar as peças em desuso (em bom estado de conservação) poderá aproveitar a 1ª Feira de Trocas que será realizada pela Amocity (Associação de Moradores da City Lapa Canto Noroeste), no dia 22 de março, das 11h às 15h, na Praça Ângelo Rivetti, entre as ruas João Tibiriça, Tordesilhas e Barão de Itaúna.
Donos reclamam de furto dos portões de túmulos
O roubo dos portões de bronze dos túmulos virou rotina no Cemitério da Lapa. Cerca de 130 peças já foram furtadas. Segundo relatos de donos de jazigos, 78 portões foram levados só entre 26 de fevereiro e 2 de março.
A dona de um túmulo (quadra 82, número 4), Elvira Marques Pedro e seus familiares contam que roubaram o portão de bronze. “Construímos o túmulo em 2000. Após cerca de um ano roubaram dois vasos de bronze e uma cruz. Em 2014 arrombaram a fechadura e agora um portão de bronze com o Sagrado Coração de Jesus”, relata a filha de uma proprietária de túmulo. Assim como ela, outros proprietários também reclamam.
Segundo uma jardineira autônoma que trabalha há cerca de 30 anos no cemitério, de 25 para 26 de fevereiro furtaram cerca de 70 portões. De domingo para segunda-feira (2), outros 8 portões foram furtados durante a noite. “Quase todos os portões já foram roubados. O roubo é a noite. Eles já foram vistos passando os portões por baixo do portão de entrada da Rua Barbalha e ninguém pega”, relata a jardineira.
O Serviço Funerário do Município de São Paulo (SFMSP) informa que todas as ocorrências estão sendo registradas pelo administrador do Cemitério Lapa na 91ª Delegacia Policial, mas até o momento não foram recuperadas as peças furtadas. A Guarda Civil Metropolitana (GCM), em ação conjunta com o Departamento de Segurança e Fiscalização do Serviço Funerário do Município de São Paulo, tem efetuado operações com bons resultados no flagrante e recuperação das peças. Entretanto, os ladrões estão sendo liberados quase que imediatamente após a entrada no distrito policial, sob a alegação de que por estar fora do cemitério não configura flagrante, apesar de portarem dezenas de peças de bronze. Vale ressaltar que, os furtos tem aumentado em todas as necrópoles e o Serviço Funerário busca alternativas para inibição, mas é preciso que a polícia civil investigue a destinação do material furtado.
Acidente de ônibus em corredor deixa 12 feridos
Um acidente envolvendo dois ônibus, das linhas Cohab de Taipas linhas 957T/10 (Cohab Taipas – Itaim Bibi) e 9014/10 (Morro Grande – Terminal Lapa), complicou o trânsito na Avenida Ermano Marchete com Marquês de São Vicente, por volta das 8h de quinta-feira (5). A batida entre os coletivos causou lentidão no trânsito durante toda manhã na região. Os dois ônibus usavam o corredor exclusivo quando o motorista da linha 957T/10 (Parada de Taipas – Itaim) colidiu na traseira do outro (linha 9014/10) que estava parado no semáforo da Ermano Marchetti, na altura da Praça Pedro Corazza. Com os corredores livres, os coletivos ganham velocidade o que acaba acarretando acidentes pela Cidade, apesar da velocidade máxima permitida nos corredores ser de 50 km/hora.
Segundo a SPTrans, as circunstâncias do acidente serão investigadas. Há um mês (4 de fevereiro), outro ônibus invadiu um restaurante na Rua Faustolo (esquina com Catão) depois de desviar de um microônibus.
Além da colisão na manhã da quinta-feira, outro acidente envolvendo ônibus ocorreu no início da noite, na Zona Norte. Um coletivo bateu em um poste e deixou 19 pessoas feridas na Avenida Nova Cantareira, região do Tucuruvi. Moradores relataram que o poste quebrou ao meio por causa do impacto. O acidente derrubou o poste e deixou a região sem energia por 24 horas.
Subprefeito acompanha|mutirão
Moradores da Lapa de Baixo foram contemplados com a “Operação Concentrada de Zeladoria realizada pela Subprefeitura Lapa no sábado, 28. Segundo o órgão, as ações na Lapa de Baixo já vinha sendo executadas desde 23 de fevereiro. Cerca de 50 funcionários participaram da operação que contou com o apoio de dez caminhões além de duas máquinas varredeiras para a execução dos trabalhos. Foram percorridas várias ruas como Félix Guilhem, Heliodóro Ébano Pereira, Moxei, Willian Speers, Belchior Carneiro até as imediações do Mercado Municipal da Lapa com diversas ações como coleta de grandes objetos, varrição, raspagem de postes e outros serviços além da conservação de áreas verdes, limpeza manual e mecanizada de bocas de lobo, poços de visita, ramais e galerias. Mais de 40 podas, 5 remoções e 7 plantios de árvores, capinação e reconstrução de sarjetas além de limpeza de 27 poços de visita (430 metros para o desenvolvimento de serviços em ramais), 6 trocas e 62 reformas de tampa de boca de lobo foram realizadas na ação.
O subprefeito José Antonio Varela Queija acompanhou a conclusão dos trabalhos na manhã de sábado, próximo ao Mercado da Lapa. “Os trabalhos dão sequência aos mutirões que serão realizados durante o ano pela região”, disse o subprefeito.
Técnicos apresentaram Plano de Mobilidade na Sub Lapa
O Plano Municipal de Mobilidade da Cidade (PlanMob) foi apresentado à comunidade em reunião com técnicos da SPTrans e CET, terça-feira, 3, na Subprefeitura Lapa. Coordenada pela Secretaria dos Transportes, a elaboração do PLanMob é feita por um Grupo de Trabalho intersecretarial composto pelas secretarias do Verde e Meio Ambiente, do Desenvolvimento Urbano, da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, do Planejamento Orçamento e Gestão, de Infraestrutura Urbana e Obras, da Habitação e da Coordenação das Subprefeituras.
O técnico da SPTrans, Eduardo Facchini explicou que o plano constitui em um instrumento de gestão pública que tem o objetivo de orientar as ações, projetos e investimentos em mobilidade urbana que já estão em curso e para os próximos anos, a partir das diretrizes do Plano Diretor Estratégico. Um dos princípios fundamentais do PlanMob é a integração de todos os modais de deslocamentos, mas com prioridade para o transporte coletivo e incentivo a opções não motorizadas.
Entre as solitações dos lapeanos estava a melhoria de calçadas. Facchini disse que o secretário de Transportes Jilmar Tatto está em trativas com os secretários Ricardo Teixeira (Subprefeituras) e Alexandre Padilha (Relações Governamentais) sobre as calçadas. “A participação dos segmentos sociais vinha ocorrendo desde 2013 e 2014 nas reuniões do Conselho de Transportes. Agora estamos na etapa conclusiva que a população terá como contribuir em reuniões ou por meio da internet (www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/transportes/planmob)”.
Operação de Limpeza tira moradores de calçada
A Inspetoria Lapa da Guarda Civil Metropolitana e a Subprefeitura Lapa fizeram uma operação de limpeza na calçada da Rua Ariovaldo Silva, ao lado do portão 10 da Ceagesp, com o apoio da Polícia Militar. Segundo a inspetora da GCM Lapa, Thais Helena Cardoso de Lima, a ação atende a denúncias recebidas ma reunião do Conseg Leopoldina e também ao Ministério Público que deu 30 dias para resolver as irregularidades na região. “Tivemos uma solicitação do MP e entramos em contato com a Subprefeita para uma ação conjunta. Antes a gente conversou com a Supervisora de Assistência Social da Lapa (Cleide Leonel), avisando da ação. O objetivo é diminuir a criminalidade, dar segurança à comunidade do entorno e fazer com que os moradores de rua aceitem o auxílio (albergue e tratamento de saúde) oferecidos pela Prefeitura, afastando-os das drogas (crack)”.
Um homem, que pediu para não ser identificado, disse que ajuda os moradores de rua e questionou a ação. “Por que primeiro não perguntar se eles querem ir para uma clínica de recuperação. Do jeito que aconteceu, eles saem e depois voltam”. Ele também reclamou a ausência da assistente social para dar um encaminhamento às pessoas desalojadas. “É muito fácil retratar que a gente está em um lugar impróprio. A gente fica aqui por que não tem outra opção”, declarou outro homem que morava em uma das cerca de 40 barracas usadas como moradia improvisada na rua apontada como reduto do uso de drogas. “Eles são doentes e precisam de ajuda”, dizia o homem que ajuda os moradores.
A supervisora de Assistência Social da Lapa, Cleide Leonel, informa que o serviço de abordagem é diário na região. Em 4 de março sua equipe visitou o local. “Atendendo a solicitação do CRAS Lapa, a partir da definição de uma ação de Limpeza Urbana, reforçamos a orientação aos moradores para que recolhessem seus documentos e objetos pessoais para que não os perdessem em decorrência da ação”. A equipe passou pelas região ruas Ariovaldo e Othão, Avenida Gastão Vidigal, Praça Mario Saad, Rua Manuel Bandeira, Rua Baumann; Rua Xavier Krauss e Rua Froben para comunicar aos moradores instalados nas ruas. A área abriga um total de 66 moradias improvisadas, com cerca de 100 pessoas”. Segundo a supervisora, durante a abordagem são oferecidos os serviços da rede de proteção social (abrigo e os serviços de abordagem) destinados a pessoas em situação de risco pessoal e social. O problema é que o morador de rua não aceita deixar a família para ir para albergue e fica pelas ruas.
Conquista femininas
Este domingo marca o Dia Internacional da Mulher. Várias comemorações estão programadas para todo o mês. O clube Pelezão realiza neste sábado o Dia da Mulher Esportista do Pelezão, antecipa a homenagem. A Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção Lapa realiza a Semana da Mulher Advogada da OAB Lapa e a Distrital Lapa da Associação Comercial de São Paulo, em parceria com entidades, vai homenagear àquelas que se destacaram durante o ano, no dia 18.
Desde que a data foi instituída em homenagem as operárias que morreram queimadas em uma fábrica de tecidos, da cidade de Nova Iorque, por causa da greve (em 8 de março de 1857) por melhores condições trabalhistas, muita coisa mudou. Tivemos avanços, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Hoje temos mulher em cargos que antes exclusivos dos homens, como o de presidente da República. Pela região da Lapa temos exemplos de mulheres de sucesso como a superintendente da Distrital Oeste da Associação Comercial de São Paulo Therezinha Penteado de Oliveira, a secretária executiva da ACM-Lapa, Cristina Neglia e a gerente do Ciesp Oeste, Laura Gonçalves. A Inspetoria Lapa da Guarda Civil Metropolitana também tem uma mulher no comando, Thais Helena Cardoso de Lima.
Na ação da Guarda Civil Metropolitana e Subprefeitura na quarta-feira, na calçada da Rua Ariovaldo Silva, próximo ao portão 10 da Ceagesp, uma mulher chamava atenção. Com ar de abandono, alterada pelo vício do crack, ela perambulava de um lado a outro da rua como um zumbi. As marcas da dependência química estavam no seu rosto. Doente e dominados pelo vício, ela se misturava aos demais moradores de rua que lotavam a calçada de barracas improvisadas. A ação deflagra foi devido a reclamações de moradores do entorno no Conseg Leopoldina pela falta de segurança e também do Ministério Público que pede solução dos problemas daquela area, segundo a inspetora da GCM.
De acordo com a Secretaria de Políticas para Mulheres, a cada 12 segundos uma mulher sofre violência no Brasil. Entre os crimes está o estupro, cujos registros aumentaram em 168% em cinco anos – cerca de 50 mil casos são registrados todos os anos. Na rua a taxa de homicídios de mulheres continua a crescer, enquanto dentro de casa se estabilizou segundo levantamento do IPEA.
Ou seja, mulheres como a que vagava pela Rua Ariovaldo Silva está muito mais vulnerável a engrossar as estatísticas do que as que estão dentro de casa. O prefeito Fernando Haddad anuncia a expansão do projeto Braços Abertos que começou região da cracolândia para outros bairros, entre eles a Leopoldina. A expectativa é que os serviços de assistência, saúde e inclusão no mercado mude a vida das mulheres, como a da Ariovaldo Silva, e de todos que estão na calçada. Ainda temos muito que fazer. Vamos celebrar as conquistas femininas e lutar por outras.
Termo de Uso da área de Parque Villas Bôas vence neste sábado
O Termo de Permissão de Uso da área da Sabesp onde funciona o Parque Municipal Leopoldina Orlando Villas Bôas (Avenida Gastão Vidigal com Marginal Tietê), vence neste sábado (28). A comunidade teme ficar sem a área de lazer. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) informa que possui interesse em renovar o Termo de Permissão de Uso (TPU) da área, onde está instalado o parque. Segundo, o órgão, um ofício foi enviado a Sabesp para que as providências sejam tomadas. A expectativa na secretaria é que a assinatura da renovação seja realizada em breve, já que o termo atual vence neste sábado, 28 de fevereiro. A Sabesp foi questionada, mas não se manifestou até o fechamento dessa edição. (MIC)