A força do jornal de bairro

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JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

A Associação Mundial de Jornais (cuja sigla em inglês é WAN) divulgou uma estatística que há tempo suspeitávamos. Houve uma queda mundial na circulação dos jornais de 0,12% em 2003. Somente no Brasil, houve uma redução de 500 mil exemplares por dia – caiu de 6,970 milhões em 2002 para 6,470 milhões de unidades no ano passado. Em 2000, eram vendidos 7,880 milhões no País. A perda nos últimos cinco anos é de 10,7%.
Apenas os 15 maiores jornais brasileiros sofreram redução a circulação diária de 18,1% entre 2001 e 2003. Além da queda de renda da população, mudanças de hábitos, o enfraquecimento da grande mídia brasileira pelo fato de seu alto endividamento foram os fatores apontados como causadores do encolhimento da grande imprensa no Brasil.
Mas a novidade do relatório da Associação foi o advento dos jornais gratuitos de alcance regional, que cresceram e se tornaram uma “pedra no sapato” da grande mídia. Em São Paulo, os jornais de bairro, que chegam à casa do leitor gratuitamente, têm a função de informar o que acontece na sua região, prestando um serviço que a grande mídia deixou de lado. Os jornais de bairro gratuitos para o leitor vivem somente dos anúncios das empresas locais. Não existe nenhum outro tipo de financiamento possível para a imprensa regional independente. Quem ajuda o jornal de bairro é a comunidade.
O leitor tem condições de acompanhar tudo o que acontece no lugar onde vive. Costumo dizer que as pessoas não moram na cidade, nem no Estado, muito menos no País. Elas vivem em suas casas e se inter-relacionam com a vizinhança. O leitor sabe sobre o fato que ocorre perto dele.
O Jornal da Gente, que faz a cobertura na Lapa e em Vila Leopoldina, quer prestar gratuitamente o melhor serviço jornalístico aos seus moradores, que necessitam ser ouvidos e informados todas as semanas. A publicação também conta com o site www.jornaldagente.inf.br para atender o aumento da demanda. Regularmente, a equipe do Jornal da Gente Lapa e Leopoldina dialogam com os leitores – que sugerem, propõem, criticam e elogiam o jornal. A comunidade lapeana também tem prestigiado a publicação.
Ao leitor do Jornal da Gente, a única coisa que podemos dizer é muito obrigado pela força!

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