Bairro ganha com o voto distrital

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EDUARDO FIORA

Na segunda reportagem sobre o engajamento das instituições políticas nas eleições de 2006, tendo como referencial os bairros da região da Lapa, o Jornal da Gente ouviu dois dirigentes locais do Partido dos Trabalhadores (PT): Raphael Martineli (presidente diretório zonal) e Adaucto José Durigan (secretário).
Militante experiente, hoje com 80 anos, Martineli diz com convicção que somente o bairro não elege um candidato, sobretudo se a vaga pleiteada for em Brasília. “É ilusão pensar que um bairro como a Lapa, por exemplo, consiga por si só levar alguém para o Legislativo. Não basta ser conhecido. É fundamental contar com o apoio de estruturas já consolidadas”, avalia o dirigente petista.
Mas o que seriam tais estruturas de suporte? Quem responde é Adaucto Durigan. “Qualquer candidatura para se viabilizar precisa de apoios logísticos concretos, incluindo estratégias de divulgação, e de um amplo respaldo financeiro legal”, afirma ele. “Essa não é uma tarefa fácil de se articular, daí a dificuldade do surgimento de candidaturas identificadas com o bairro”, acrescenta Durigan.
Para Martineli, a eleição de um vereador ou deputado com grande trânsito na Lapa e região poderia se tornar algo viável se a tão aguardada reforma política sacramentasse o voto distrital. “Esse modelo protegeria os interesses locais, com o eleitor podendo votar num candidato que, de fato, conhecesse as dinâmicas locais. Assim, o bairro ganharia uma maior e justa dimensão. Afinal, é no bairro que as coisas acontecem”.
Até outubro, a grande prioridade do Diretório do PT na Lapa é divulgar a candidatura de Lula à reeleição, bem como as de Aloizio Mercadante (governo de São Paulo) e Eduardo Suplicy (Senado).
A sede local do PT fica na Rua Gago Coutinho, 144. O telefone para contatos é 3833-9940.

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