Bairro perde duas creches

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Duas das quatro creches do Instituto Rogacionista tiveram de fechar as portas este ano por determinação da Diretoria Regional de Educação de Pirituba, responsável pelas unidades escolares da região, com base na Portaria 5152, de 2007.
Os dois Centros de Educação Infantil atendiam, cada um, 60 crianças de famílias de baixa renda, principalmente das comunidades próximas à Marginal do Tietê.
Segundo a Diretora substituta da Regional de Ensino de Pirituba, Regina Godinho, a Portaria institui novas normas para os convênios e atendimento nas Ceis(antigas creches) com “prioridade” para as crianças nascidas em 2005, com idade até dois anos e nove meses.
Apesar de ser uma determinação prioritária, mas não obrigatório, a gerente de projetos do Instituto Rogacionista, Dulcinéia Pastrello, constatou que o sistema de inscrições (on line) da Secretaria da Educação não permite outros registros, o que tem mascarado a demanda da faixa etária na região.
Das crianças que deixaram as creches fechadas, uma parte foi absorvida pela outra unidade do próprio instituto, a Santa Marina, mas algumas (com idade acima de 3 anos) são vistas com frequência nos faróis da avenida Marques de São Vicente. “Queremos mudar o destino dessas crianças e evitar que elas repitam a mesma história de seus pais”, reclama Dulcinéia.
Eliana de Paula Moraes não consegue trabalhar, ela tem que cuidar dos três filhos que estão sem vaga. A mais velha, Kathleen, ficou na creche do Rogacionista até o ano passado, quando fez 6 anos. A menina deveria estar em uma Emei (Escola Municipal de Ensin Infantil), mas por conta de uma gravidez complicada, a mãe não teve como garantir a vaga.
A garota é um dos casos vistos no farol da avenida. “Antes o nosso convênio era para crianças de 2 a 6 anos”, reclama Dulcinéia.

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