Dias de medo na Hamburguesa

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Na mesma semana em que o comando da 2ª Companhia da Polícia Militar, na área do 4º Batalhão, informava sobre a brusca queda nos índices de criminalidade da região da Vila Leopoldina e entorno, comerciantes da Vila Hamburguesa expressavam preocupação e medo com a recente onda de assaltos e roubos no bairro. Na madrugada do dia 22 de abril, um estabelecimento comercial na Rua Schilling foi invadido por bandidos, que levaram mercadorias. No início da noite da segunda-feira, 24, um novo ato de violência foi praticado contra uma empreendedora que mantém um pequeno negócio na própria Schilling. Ela foi surpreendida por um rapaz armado, que fugiu levando o dinheiro do caixa.
Semanas atrás, na mesma rua, os donos e funcionários de um estabelecimento vizinho também sentiram na pele a desagradável sensação de roubo a mão armada, quando foram rendidos por uma jovem que levou equipamentos.
Ainda em abril, outro comerciante da Leopoldina amargou prejuízos materiais. Ao chegar em casa, viu que ela tinha sido assaltada. Nesse mesmo mês, empresários do bairro reclamavam, em telefonemas e conversas com a redação do Jornal da Gente, de furtos em veículos na Rua Passo da Pátria (sede da 2ª Compamhia).
Todo esse cenário contrasta com o otimismo expresso por setores da Polícia Militar, que encontram nos relatórios do Infocrim (o sistema de centralização de dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) fonte de apoio para tranqüilizar a população. “As estatísticas mostram que a violência diminuiu na região atendida por esta Companhia (2ª)”, afirma o tenente Lycurgo de Freitas Henriques Júnior ao apontar para o Infocrim. “Segundo as estatísticas, nos primeiros 23 dias de abril de 2005, foram registrados 54 furtos de veículos na nossa área de atendimento. No mesmo período deste ano, registramos 31 ocorrências desse tipo”. Ao comentar a situação da Vila Hamburguesa, Henriques disse que tal cenário está sendo analisado para readequar o planejamento operacional da corporação. “Estamos atentos. Tanto é que conseguimos, num flagrante, prender os assaltantes de um posto de gasolina na região”.

Menos viaturas

Antes dessa nova onda de violência na Leopoldina, o coronel Isaul Segalla Júnior, comandante do Policiamento Metropolitano Oeste, explicava que a redução do número de viaturas na área da Leopoldina (eram 20 em 2003 e agora são nove) refletiu a situação do bairro num determinado momento. “Esse redimensionamento foi feito com base em critérios técnicos, pois o planejamento da segurança pública acompanha a dinâmica com que a cidade se movimenta”, afirmou Segalla. “Isso não quer dizer que nove viaturas seja um número estático e definitivo para a Leopoldina e vizinhança. Fazemos uma leitura periódica da situação para dimensionar nossas ações”, acrescentou o coronel.

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