Estação modelo

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A estação recebeu nova pintura e um painel de grafite

ROSANE NEVES REPÓRTER

A Estação Lapa (Linha A – Brás-Francisco Morato) ganhou a primeira “Estação Referência” da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Com isso, ela foi transformada em modelo para as demais, que também serão modernizadas fisicamente e ganharão uma nova forma de gestão.
Desde outubro de 2003, a Estação Lapa vem passando por um processo de readequação funcional. As salas operacionais, vestiários masculino e feminino, copa, salas de renda e escritórios foram reformados. Um banheiro para pessoas portadoras de deficiência foi construído, e os sanitários públicos passaram por reparos. A empresa substituiu as bilheterias de fibra de vidro por alvenaria embutidas, com cofres temporizados, trocando o piso de acesso à estação por piso cerâmico.
Também houve revisão das instalações elétricas, substituindo as luminárias de luz mista por lâmpadas fluorescentes. O sistema de som da estação passou por revisão, e foi implantada música ambiente centralizada. A estação ainda recebeu nova pintura e um painel de grafite na parte superior da passarela interna, com ampla visibilidade para o usuário que espera o trem.
Foi feita também a limpeza e retirada de entulho do entorno da estação, desobstrução de canaletas de passagem de água, construção de floreiras e pintura de muros de vedação. Para completar, a comunicação visual foi revisada com a colocação de mapa do Sistema Metropolitano, mapas de linha, arredores e indicação de fluxos, além de orientações gerais aos usuários.
Os passageiros perceberam as mudanças físicas e a melhoria no atendimento. Muitos destacaram a questão da catraca eletrônica, que agilizou o acesso à plataforma de embarque. Outro ponto levantado foi a questão da segurança que, segundo os entrevistados, foi aumentada nos últimos dias. A grande reclamação é quanto à falta de trens. Nos horários de pico, os vagões ficam superlotados.
As amigas Cristiane Ferreira Pinto e Elisangela Lima de Morais, usuárias da estação, disseram que notaram as mudanças físicas e o aumento na segurança, mas reclamam muito dos trens. “Aumentou a segurança, tem nova pintura e catraca eletrônica, mas a falta de trens continua. Às 18h, é impossível embarcar. Temos de brigar por um espaço”, reclamam.
Jildemar Alves de Almeida também é um usuário diário da Linha A. Ele comenta da rapidez dos trens, que passam a todo instante, mas reclama da lotação. Segundo Jildemar, as melhorias na estação são visíveis, mas a segurança tem de melhorar mais um pouco. Isabel Aparecida Dionísio também concorda com a melhoria das instalações e do atendimento, mas observa que o trem ainda é horrível e muito lotado.

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