Isola: trajetórias de sucesso

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Em suas diferentes fases, o fenômeno da emigração italiana em massa(1870-1970) deixou marcas profundas não apenas na própria Itália, mas também nos países que receberam milhões de trabalhadores, comerciantes, camponeses, agricultores e profissionais liberais, dispostos a tentar a sorte fora da Península.
Entre 1870 e 1900, estima-se que cerca de 5 milhões de italianos buscaram emprego e trabalho em países dentro e fora da Europa. Nessa época, o êxodo envolvia, principalmente, as pessoas radicadas no Norte e Centro da Itália. Dentre tantos que se lançaram em busca de um futuro melhor do outro lado do Atlântico estavam os Isola. “Meu avô (Angelo), que morava em Lucca (região Norte da Itália) embarcou com mulher e filhos rumo ao Brasil em 1878”, conta Angelo Isola, advogado que tem uma bem sucedida carreira na Polícia Civil, ocupando, atualmente, o cargo de titular da 3ª Seccional. “Ao chegar em São Paulo, ele fixou residência aqui na Lapa (rua Guiacurus), onde morou pelo resto da sua vida (faleceu em 1957).
O patriarca Angelo, casado com a também italiana Ezelinda, teve quatro filhos: Matteo, Jorge, Primo, Orestina e Florindo. “Meu pai (Florindo) contava que o vovô veio para o Brasil confiante, pois um tio dele, que emigrou antes, havia mandado notícias de que as possibilidades de sucesso em São Paulo eram grandes”, conta o delegado seccional, que se orgulha de ser lapeano “da gema”.
A trajetória dos pioneiros Isola fora de Lucca passou por duas fases. Na primeira, o centro da renda foi uma serraria . “Meu pai tocou esse negócio na Lapa junto com meu tio Achille por mais de cinqüenta anos”. Com o sucesso dessa atividade os Isola acumularam capital e foram adquirindo imóveis em diversas áreas da região.
Da infância vivida ao lado do pai, da mãe (Mercedes) e da irmã (Ezelinda) o delegado Angelo Isola traz boas recordações de algumas passagens. “Eu gostava de ir ao cinema com a família. Naquele tempo tinha o cine Tropical, na rua Roma”.
Aluno do Colégio Campos Salles, Angelo Isola estudaria Direito em São José dos Campos, o que lhe possibilitou entrar na Polícia Civil em 1976 como delegado de 5ª classe. Casado com Maria Aparecida, tem três filhos: Leonardo e Luana (gêmeos, 20 anos) e Aline (22 anos).

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