Lapa perde Irineu

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Os amigos e familiares ainda lamentam a morte de Irineu Egute, vítima de um aneurisma na aorta. A missa de 7º dia de sua morte será neste sábado, 28, às 17h30, na Paróquia São João Maria Vianney, da Praça Cornélia, na Lapa.
Dono da Ótica da Lapa, ele era um homem que ajudava pessoas e instituições. A mostra do reconhecimento de suas ações está nas paredes de seu escritório recobertas por títulos e medalhas. A cadeira vazia denúncia sua ausência à frente da ótica que dirigiu por 48 anos.
A filha que trabalhou com ele por 16 anos, Carla Egute, conta que seu pai passou mal na sexta-feira (20) à noite e foi levado para o Hospital São Camilo, onde foi diagnosticado o aneurisma na aorta. “Ele foi submetido a uma cirurgia. Depois, ficou na UTI durante o sábado, vindo a falecer 1h do domingo”, relatou ela ao revelar que apesar de forte e sorridente, seu pai era hipertenso e diabético.
Durante seus 70 anos de vida, Egute colecionou realizações. “O reconhecimento está nos títulos que ele recebeu”, afirma Carla.
Ela lembra que na década de 70, seu pai fundou uma instituição chamada “Homem do Amanhã”, conhecida como “Guardinha da Lapa”, que promovia a integração de meninos carentes com a comunidade. A presidência do Clube dos Lojistas da Lapa e da Sociedade Amigos da Polícia Militar do 4º Batalhão também estavam entre suas bandeiras.

Depoimentos

Para o presidente do Conselho das Sociedades Amigos de Bairro, José Benedito Boneli Morelli, “Irineu foi um homem que ajudou muito a comunidade”.
Arlon Viana, do PMDB da Lapa, define o empresário como um baluarte e uma pessoa benemérita.
O dentista Shigueo Shimosakai considerava Egute como um irmão. “Jamais esquecerei de sua bondade com as instituições de caridades, em que ele pedia ajuda para os amigos, mas era ele quem mais doava”. Outro a lamentar a morte do empresário é o dono da Peixaria São José, Silvio Katsuragi. “É difícil falar sobre Irineu. A guardinha (da Lapa) foi sua primeira preocupação com o menor”, declarou Katsuragi.
“Como dizer adeus a quem se faz presente pela ausência?”, pergunta o coronel e grande amigo Luiz Nakaharada. “Irineu, às vezes não entendido e não correspondido, desdenhava a face doída oferecendo a outra. Fica o exemplo de coragem”.

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