Muitas demandas e poucos recursos

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Com várias reivindicações em áreas como saúde e educação, as comunidades da Zona Oeste participaram da Audiência Pública Regional para a definição do Orçamento 2006 e do Plano Plurianual 2006/2009 da cidade de São Paulo. O evento, realizado no dia 2 de setembro, no memorial da América Latina, reuniu representantes do governo municipal e lideranças comunitárias. De um modo geral, as associações de bairro consideraram insuficientes os cerca de R$ 68 milhões destinados à Lapa – boa parte já comprometida com o custeio de pessoal- uma vez que são inúmeras as demandas por melhorias em diferentes regiões. “Deixamos claro que queremos respostas aos pedidos encaminhados. Não está certo enviarmos documentos solicitando determinado serviço e não recebermos sequer um retorno”, afirma uma das representantes do Conselho Tutelar, Maria de Fátima Santos. Ela cita como exemplo o encaminhamento, em 2003, da abertura de uma Escola de Educação Infantil (EMEI) no próprio bairro do Jaguaré, algo que até agora não foi concretizado. “A EMEI mais próxima está localizada no Butantã. Por isso indicamos até mesmo o terreno que poderia abrigar essa escola”, explica a conselheira apontando para uma área na Rua Floresto Bandecchi.
Outras demandas da comunidade local foram a conclusão das obras na Escola Esperidião Rosa (cobertura da quadra esportiva) e a criação de um posto policial avançado. “São coisas que podem sair por meio de parcerias, algo viável aqui no bairro, tanto é que ganhamos uma creche com apoio do Banco Safra”, explica a conselheira tutelar.
Já o Movimento de Defesa da Lapa e Região Oeste do Estado de São Paulo defendeu, entre outros pedidos, a criação de um pronto-socorro, indicando como local uma área contígua à escola Thomaz Galhardo. “É preciso levar em conta que esse é um bairro com grande parte de sua população na Terceira Idade. Isso justifica um PS mais próximo, uma vez que o chamado Pronto-Socorro da Lapa está na região da Leopoldina”, afirma o presidente da entidade, Francisco Antonio de Oliveira Neto, o “Chico Neto”. Ainda na área da Saúde, ele aponta a necessidade de uma readequação no atendimento do posto dentário do programa Brasil Sorridente. “Quem tiver um problema de gengiva ou de canal, especialidades desse programa, tem de se sujeitar a uma fila de espera que pode chegar a 60 dias”, diz Chico Neto.
Na Leopoldina a questão do atendimento médico de urgência também entrou na pauta de pedidos. “Não podemos mais aceitar que o PS da Avenida Queiroz Filho continue recebendo vítimas de ocorrências policiais”, afirma a presidente da Associação Amar Leopoldina, Denise Vicençoto, “Defendemos a construção de um pronto-socorro ao lado do Cadeião”.
Além disso, a comunidade leopoldinense cobrou providências imediatas em relação a graves problemas sociais como o avanço da prostituição na região e a questão da submoradia na área da Avenida Roberto Zuccolo, próximo aos pavilhões do ITMExpo.

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