Palestra de prevenção

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Edemur Luchiari (2º da esq. para dir.)

O delegado-assistente da Divisão de Prevenção e Educação do Departamento de Narcóticos da Polícia Civil (Dipe/Denarc), Edemur Ercílio Luchiari, proferiu uma palestra durante a reunião do Conselho de Segurança Comunitária, realizada na última segunda-feira na OAB-Lapa. A fala de Luchiari se concentrou na prevenção primária das drogas, ressaltando que, num primeiro momento, a criança deve receber informações sobre a defesa da sua saúde. “Não devemos começar um trabalho de prevenção, falando sobre os tipos de droga. Desta maneira, estaremos fazendo, sem querer, uma apologia ao vício”, ensina o especialista, com 33 anos de experiência na Polícia Civil. “O que precisamos colocar na cabeça de educadores e de alunos de sete a oito anos é que o corpo humano é o templo da existência de cada um e, que por isso, deve se evitar agravos à saúde”, complementa.
O trabalho de prevenção primária é destinado a alunos que não tiveram nenhum contato com entorpecentes. Para o delegado-assistente, é necessário vender a idéia de um corpo sadio com programas contínuos.
“Quando o professor ensina a criança a escovar os dentes e lavar as mãos, como forma de higiene, já está ajudando na prevenção. Só que isso deve ser estendido a longo prazo, gradativamente, para embutir no jovem a noção de que todos devemos cuidar da saúde sem ingerir substâncias tóxicas”, observa. Segundo ele, a explicação para o estudante vai ficando mais complexa ano após ano. Primeiro, cuidado com a higiene, depois se ensina que existem alimentos estragados. Com uns 10 anos, pode-se falar em remédio que deve ser consumido somente por quem está doente. Com 12 anos, se fala em alcoolismo, depois tabagismo, até chegar ao canabismo.
Para se formar um programa de prevenção dessa natureza, o especialista orienta que a escola deve fazer reuniões da Associação de Pais e Mestres (APM), atrativas para os pais, que não querem ser chamados de fracassados, mas necessitam se sensibilizar do problema com seus filhos. Além disso, somente entidades organizadas, como associações, sindicatos, grupos, clubes, igrejas, comunidade e principalmente as famílias podem ajudar na prevenção primária, apostando na valorização da saúde.
Para Luchiari, o jovem que tenha experimentado algum tipo de psicotrópico deve ser encaminhado para um trabalho de prevenção secundária mais especializado, feito por um membro da área terapêutica e não mais pelo educador. Segundo pesquisa divulgada pelo especialista, 45% dos jovens experimentam droga pela primeira vez em sua casa e 25% na residência de um amigo.
A Divisão de Educação e Prevenção do Departamento de Narcóticos da Polícia Civil conta com 30 profissionais e diversos voluntários, sobretudo que atuam na capacitação de Recursos Humanos para a área de ensino. A divisão fica na Rua Moncorvo Filho, 410, Butantã, telefone 3815-8200.

Polícia Comunitária

A comunidade lapeana esteve presente no Curso de Mobilização Comunitária, realizado nos dias 17, 18 e 19 de outubro, no Hotel Excelsior, centro da cidade. Visando capacitação para implantar a Polícia Comunitária na Lapa, Ulisses Amorim, Walter Ferreira da Silva, José Eugenio de Souza, José Augusto Carneiro, Lúcia Maria de Oliveira, Maria Vargas, William Lisboa, Walter Bustamante, Renato Giribola e Edna Martins ouviram as palestras dos capitães Orion e Terra, dos majores Rohrer e Abaré, dos tenentes-coronéis Flaviano, Rubens, Suita e do coronel Casado sobre o tema.

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