Pereira Barreto tem abrigo antiaéreo

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Entrada do abrigo aéreo, no pátio da escola

A Escola Estadual Pereira Barreto possui um abrigo antiaéreo construído durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Segundo o advogado José Carlos de Barros Lima, seu pai, o educador José Getúlio Lima, começou a construir em 1942 o Ginásio Conselheiro Laffayete, localizado na esquina das ruas Anastácio com Cole Latino, atualmente Clélia com Pio XI. “Como o Brasil entrou na guerra em dezembro de 1944 e a escola ainda não estava pronta, o presidente Getúlio Vargas impôs que todos os prédios que estavam em construção fossem obrigados a ter um abrigo antiaéreo por causa do risco de bombardeios das nações do Eixo, inimigas dos aliados”, afirmou o advogado, diretor do Instituto de Ensino Santo Ivo.
Naquela época, conta Lima, as pessoas estavam em pânico graças ao clima de guerra imposto por Vargas. Os blecautes eram constantes e o racionamento de alimentos e combustível estava vigente. O advogado, um dos alunos do ginásio, teve de se abrigar inúmeras vezes, com sirenes acionadas, toque de recolher, simulando uma proteção aos ataques de supostos aviões de guerra. “Nossos uniformes eram uma farda. Nós parecíamos soldados mirins entrando numa escola militar”, lembra.
Depois do conflito mundial, José Getúlio Lima foi obrigado a ceder a instituição de ensino para o governo. O Conselheiro Laffayete mudou de nome, tornou-se o Ginásio Estadual Anhangüera em 1947, que atualmente funciona na Rua Antônio Raposo. “Meu pai era um educador idealista e não se importou em entregar o seu sonho para o governo, imaginando que os alunos, sobretudo os mais carentes, continuariam a receber uma educação de qualidade”, finalizou.

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