Foto:
Sob fortes críticas de profissionais de diferentes áreas (Direito, Engenharia, Meio Ambiente, Geografia, entre outros), a Subprefeitura da Lapa realizou na quarta-feira, 9, a Assembléia Regional de Política Urbana prevista no calendário de revisão do Plano Diretor da cidade.
O que era para ser um debate em torno do Plano Regional Estratégico da Subprefeitura da Lapa (PRE-Lapa), peça integrante do Plano Diretor, acabou ganhando contornos de plenária do descontentamento. “Parece que a Subprefeitura quer brincar de fazer política urbana”, afirma a geógrafa Ros Mari Zegna, do Movimento Contra a Verticalização da Lapa (Mover). “Ela convocou uma reunião tão importante como essa na sexta-feira (4). Os jornais noticiaram no sábado. Como é que podemos elaborar documentos para o debate num prazo tão curto? Como é que poderíamos analisar as alterações propostas pela subprefeitura entre os dias 7 (segunda) e 9 (quarta)? Isso é um absurdo que repudiamos veementemente. Exigimos da Secretaria do Planejamento a convocação de uma nova reunião para a comunidade se manifestar concreta e objetivamente na presença do subprefeito. Isso se chama cidadania, algo que foi respeitado em outras Subprefeituras”, desabafa Ros Mari.
No mesmo tom, o presidente da Associação de Amigos e Moradores do Alto da Lapa e Bela Aliança (Assampalba), Roberto Rolnik Cardoso expressa sua indignação. “Tivemos de correr para trazer algo a essa Assembléia, já que a convocação foi de última hora”.
A Subprefeitura se defende dizendo que apenas seguiu o calendário e orientações da Secretaria de Planejamento, entre as quais a publicação da convocação da Assembléia em Diário Oficial. Ao tomar a palavra para justificar as ações da Subprefeitura nesse contexto da informação, o subprefeito interino, Roberto Nappo, evitou rodeios e deu um conselho às entidades presentes. Segundo ele, seria ótimo se elas passassem a assinar o diário Oficial.
Várias alterações foram inseridas na revisão do PRE-Lapa por parte de equipe técnica da Subprefeitura. “As sugestões que recebemos foram analisadas e incorporadas na medida do possível”, assegura Clara Prata e Silva, arquiteta e supervisora de licencia mento da Subprefeitura.
