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Sem a instalação das placas de proibido
estacionar para caminhões, os moradores do entorno da empresa Delga,
localizada na Rua William Speers, na Lapa de Baixo, continuam
reclamando do barulho e poluição emitida pelos veículos 24h por dia.
Como fez em outras reuniões durante o ano, a porta voz dos moradores
junto ao Conseg-Lapa, Cristina Rocha, cobrou a promessa de sinalização
feita em agosto pela CET, mas até a último encontro de 2008, em 24 de
novembro, o problema continuava sem uma solução.
O caso tanto dos transtornos causados pelos caminhões quanto do barulho
emitido pelas máquinas da empresa metalúrgica foi parar no Ministério
Público do Meio Ambiente. Diante da representação dos moradores, o
promotor, José Eduardo Ismael Lutti, solicitou à Cetesb (Companhia de
Tecnologia de Saneamento Ambiental) um laudo de poluição sonora.
Entre os incômodos causados pela Delga, a moradora da travessa Emília
Elba, Roberta Francolin, aponta o ruído produzido pelas roldanas que
correm nos trilhos de aço do guindaste que transporta as chapas para
prensa, durante todo o período de funcionamento da empresa. “Além
disso, as prensas que moldam as chapas produzem vibrações que faz o
solo tremer como se fosse um terremoto”.
Para os moradores, em conseqüência dos abalos, as casas apresentam
várias rachaduras pelas paredes. “Outra problema é o barulho emitido
pelo reator”, reclama ela.
O coordenador de Segurança Patrimonial e Industrial da Delga, Antonio
Ferreira, esclarece que por conta da crise na industria automobilística
o turno das 22h às 6h foi eliminado.
Autuação
Mas a Cetesb esclarece que técnicos da agência ambiental (de Pinheiros)
efetuaram avaliação de ruído e vibração, em 4 de novembro, e
constataram que os valores ultrapassam os limites permitidos pela
legislação. A Delga foi autuada, por meio de dois Autos de Advertência
(um referente a ruído e outro a vibração). Após a autuação, a empresa
deixou de funcionar no período noturno.
Com relação ao estacionamento de caminhões, a CET informa que seus
agentes fiscalizam periodicamente na rua e, quando detectam, efetuam a
autuação e a remoção dos veículos estacionados irregulares. No período
de junho a novembro deste ano foram 12 autuações e 26 remoções de
veículos. A companhia informa ainda que após vistorias da área técnica
foi elaborado projeto que prevê a implantação de placas (Proibido
Estacionar Caminhões), no cruzamento da Rua Aristides Viadana e da Rua
Curtume. O projeto será implantado de acordo com o cronograma de obras
e serviços da CET.
