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Uma procissão abriu a Festa do Divino na
Paróquia Nossa Senhora de Lourdes da Vila Hamburguesa, no domingo, 23.
A comemoração já virou tradição na paróquia.
Isabel Cristina Carneiro conta que seus pais sempre fizeram questão de
organizar a festa. “Meu pai faleceu (em 2004), mas minha mãe mantém a
tradição. As bandeiras são guardadas na casa dela”.
Isabel (43 anos) já é avó, mas lembra que quando criança foi coroada e
participou de todas as fazes da festa até ficar adulta e levar a
bandeira do Divino. “Minha mãe (Deolinda Amaral Carneiro) conta que em
Açores (sua terra Natal) a festa é hoje (dia 23). Lá a festa de
Pentecostes é muito grande”, revela a filha de uma das organizadoras do
cortejo.
A portuguesa Deolinda completou 75 anos dia 22, 26 deles dedicados a Festa do Divino na paróquia da Vila Hamburguesa.
A tradição foi trazida pelos portugueses que foram morar na Vila.
“Antes, a festa era num terreno próximo a Ceagesp. Também fizemos a
festa na área onde hoje é o Sesi Leopoldina”, lembra Deolinda. “Depois
é que veio para a paróquia”, completa Lúcia, outra filha da portuguesa
dos Açores.
Organização
Com o aumento de público nas festas foi fundada a Associação
Beneficente do Divino Espírito Santo que organiza com a paróquia da
Hamburguesa a tradicional comemoração de Pentecostes. Assim como os
demais descendentes de portugueses, as netas de Deolinda saem vestidas
a caráter, com trajes típicos da terra de Cabral. A Banda Operária da
Lapa deu o tom no cortejo religioso.
Há 56 anos no Brasil, o português Francisco Marinz de Carvalho saiu na
frente da procissão. “Como católico de origem portuguesa, sempre
participo dos eventos religiosos na região”.
Com a chegada da procissão à igreja, o frei Fábio iniciou a celebração
da missa. “Pentecostes é a festa da plenitude da Páscoa”, destacou o
religioso.
Após a celebração, os fiéis participaram da quermesse com comidas típicas portuguesas.
