Quando, em 1907, o tenente-general inglês Robert Baden-Powell (1857-1941) reuniu 20 rapazes e realizou o primeiro acampamento escoteiro na Ilha de Brownsea, no Canal da Mancha, ele estava criando um movimento pacífico que atualmente reúne no mundo cerca de 22 milhões de escoteiros. No Brasil, o número chega a 65 mil. E está presente na maioria dos países.
Aqui no bairro do Sumaré, temos o Grupo Escoteiro Tabapuã, que já completou 47 anos e segue o que Baden-Powell idealizou há mais de um século. O grupo se reúne nas manhãs de sábado na Rua Cajaíba, 390, ao lado do reservatório da Sabesp.
Atualmente, reúne 66 integrantes entre meninos e meninas de 7 a 17 anos, a maior parte da região. Entre outras atividades, o grupo presta serviços à comunidade. “Desde limpeza de praças, plantio de árvores, arrecadação de donativos para os desabrigados das enchentes. Essas ações mostram à sociedade o trabalho do escoteiro”, diz o radialista Alexandre Fejes Neto, o Lecão, diretor-técnico do Tabapuã.
Lecão começou no grupo Botocudos, da Vila Anastácio, e foi lobinho, escoteiro, sênior e pioneiro, e hoje é diretor. Ele explica que nas reuniões e acampamentos do grupo o civismo, o trabalho em equipe e a espiritualidade sempre estão presentes. “Sempre hasteamos a bandeira do Brasil e incentivamos a espiritualidade, independente da religião de cada um. O objetivo do escotismo é entregar para a sociedade uma pessoa formada, trabalhamos o caráter desse jovem”.
Quem participa do Tabapuã paga uma mensalidade de R$ 25 que é utilizada para comprar material, principalmente sisal.
O meio ambiente também está presente no escotismo. “Nos nossos encontros, nas caminhadas, sempre deixamos o local mais limpo do que o que encontramos, fazemos a reciclagem de lixo”, explica Lecão.
Para ele, o grande atrativo do escotismo é que o jovem “aprende tudo e se desenvolve utilizando a natureza como pano de fundo. Isso é possível quando ele, o escoteiro, faz uma casa na árvore, faz e assa seu próprio pão. O prazer de realizar essas tarefas para os escoteiros é muito grande”, garante ele.
Para participar do movimento é preciso ter no mínimo 7 anos. A idade limite é 21 anos e é quando eles repassam para os mais jovens seus conhecimentos e experiências.