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O Conselho das Associações Amigos de Bairro de Perdizes, Pompeia e Adjacências (Consabs Perdizes) toma posição e deixa claro que cobrará da Prefeitura debate comunitário envolvendo a discussão dos reais impactos dos megaempreendimentos previstos na região que separa a Pompeia e Barra Funda.
Quem se manifesta nesse sentido é a presidente da entidade, Maria Antonietta Lima e Silva, preocupada com mais um projeto que transformará radicalmente a região da Barra Funda. Trata-se de obra da construtora Tecnisa numa área de mais de 500 mil m², a Gleba Telefônica, que se estende pela avenidas Marquês de São Vicente, Nicolas Boer e Gustav Willi Borghoff (do Clube Nacional até o Viaduto Pompeia).
Nessa gleba, a Tecnisa implantará em 250 mil m² um bairro planejado com 30 torres residenciais, um centro de conveniência, 14 ruas, duas avenidas e uma praça (aberta ao público) de 50 mil m². “Primeiro a Prefeitura fala que vai entregar a terceiros o poder de desapropriar a Gleba Pompeia (240 mil m²), vizinha ao terreno da Tecnisa. Agora ficamos sabendo que a Tecnisa quer construir um novo bairro”, afirma Antonietta. “Ao todo são quase 500 mil m² dentro da área da Operação Urbana Água Branca, com dezenas de edifícios, vagas de garagem, milhares de pessoas morando e trabalhando, indo e vindo numa área vizinha à Arena Palmeiras, ao Shopping Bourbon e às Universidades (Uninove, Unip e Unesp). É preciso que a Prefeitura venha a público e explique como ficam, por exemplo, o trânsito e drenagem nessa área. Tamanho impacto não foi discutido nas Audiências Públicas”, acrescenta a presidente do Consabs.
Segundo a Tecnisa, 100% da água da chuva serão retidos por meio do Projeto Drenagem Zero, um sistema onde a água é retida e infiltra-se naturalmente no lençol freático, evitando a sobrecarga dos córregos e alagamentos nas ruas. De acordo com a empresa, todos os edifícios contarão com práticas de economia de água e energia, sistema de tratamento de água e sistema de abastecimento para carros híbridos.
