Urbanismo e representação

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Ao visitar a redação do Jornal da Gente, na quinta-feira, 8, a ex-subprefeita da Lapa Soninha Francine, abordou vários questões, desde temas sociais – passando pelo meio ambiente e desenvolvimento sustentável – até  assuntos mais complexos no campo da política, como o caso do voto distrital misto e a validade dos Conselhos Municipais. Neles, a sociedade se faz representar por membros das comunidades eleitos pelo voto popular.

Soninha entende que devemos lutar para que tais instâncias de representação se fortaleçam cada vez mais, de modo a democratizar o debate e a construção de políticas públicas em setores como Saúde, Educação, Meio Ambiente, entre outros.

No contexto dos bairros da gente, centro de grandes transformações urbanas, seria mais do que oportuno contar com Conselhos Municipais regionais bem estruturados e antenados de forma madura com as comunidades locais.

O rápido e nada organizado crescimento da Vila Romana, Vila Leopoldina, Pompeia, Jaguaré e agora da Vila Anastácio, precisa ser objeto de estudo, debate e proposituras no âmbito, por exemplo, do Conselho Municipal de Política Urbana (CMPU) – onde a arquiteta Lucila Lacreta é a representante eleita da Macrorregião Oeste (Subs Lapa, Pinheiros e Butantã) – e do Conselho Regional do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Subprefeitura da Lapa (Cades Lapa), que no sábado, 30, renovou seus oitos membros eleitos pela população. Votaram 457 pessoas, quase o dobro do número de eleitores que compareceram às urnas em 2009, quando foi formalizado o primeiro conselho do Cades Lapa, que conta com mais oito membros indicados pelo poder público.

Os dois Conselhos aqui citados deveriam aproveitar essa nova adesão da população no tocante às questões ambientais para, juntos, e com apoio já manifesto deste jornal, organizar um amplo e urgente encontro temático capaz de debater os rumos do desenvolvimento urbano sustentável – ou em certos casos a persistência da estagnação urbana – nos 40,1 Km² de um território chamado Subprefeitura da Lapa.

Nesse espaço grande e complexo espaço geográfico existe um rico capital humano e intelectual (arquitetos, urbanistas, engenheiros, juristas, promotores ambientalistas, entre outros) que, se chamado ao debate, certamente trará à luz valiosas análises, críticas e propostas embasadas em profundo conhecimento teórico e prático.

O atual momento requer tanto do Cades Lapa quanto do CMPU articulações que favoreçam a elaboração de um estudo detalhado do tecido urbano regional fundamentado, justamente, nesse saber acumulado, de modo a compará-lo ao planejamento e propostas apresentadas pela Prefeitura por meio das secretarias municipais.

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