A divulgação de indicadores sócio-econômicos das subprefeituras Lapa e Pinheiros por parte do Sebrae Oeste- em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE – Universidade de São Paulo) – traz importantes informações que, a partir de agora, estão à disposição de quem já atua como empreendedor, daqueles que pretendem montar seu próprio negócio e também para os movimentos sociais e de cidadania.
Com indicadores sociais compatíveis com países de primeiro mundo (elevado índice de instrução, infraestrutura consolidada etc.) as duas regiões se apresentam como importantes pólos de concentração de atividades comerciais e de prestação de serviço. Em ambas, mas sobretudo na Sub Lapa, existe amplo espaço para o crescimento econômico em bairros como Barra Funda, Perdizes, Pompeia e Vila Leopoldina, por exemplo. A prevalência de micro e pequenas empresas é ampla, o que reforça a importância da presença e atuação regional de entidades como Associação Comercial de São Paulo, Senac, além do próprio Sebrae, todas atuando no apoio ao empreendedorismo.
Não é à toa, portanto, que este jornal procura sempre, e cada vez mais, selar com tais instituições parcerias concretas, afinal quase a totalidade das empresas que aqui difundem suas marcas, produtos e serviços são de micro e pequeno porte. Se nos esforçamos em estabelecer atuação conjunta imprensa-entidades corporativas (sob a forma de seminários, almoço-palestra entre outras ações) é por acreditar que agindo dessa forma damos um passo a mais na nossa vocação empresarial que é a de difundir informação e conteúdos com qualidade e absoluto espírito ético.
Mas os indicadores divulgados pelo Sebrae Oeste têm peso relevante também na construção de redes de cidadania, como bem lembrou o subprefeito da Lapa, Carlos Fernandes, presente no evento que apresentou o estudo feito pela Fipe. Fernandes enfatizou que em 2012, a Câmara Municipal de São Paulo terá que conduzir a revisão do Plano Diretor, o que implica num diálogo direto e transparente com a sociedade, de modo a traçar as bases do desenvolvimento urbano da cidade. Se na Zona Oeste prosperam atividades comerciais e de serviço, ao mesmo tempo em que é forte o movimento de adensamento populacional centrado em torres residenciais, o que nós, enquanto moradores e/ou empresários, devemos propor para garantir na revisão do Plano Diretor qualidade de vida para os bairros da gente?
O sempre complicado processo revisor requer de nós um profundo senso de organização, de articulação e de diálogo. Interesses díspares entrarão na pauta da revisão comandada pelos nobres vereadores. Caberá a eles exercerem o papel de mediadores dessas demandas por parte de moradores, movimentos de cidadania, terceiro setor e empresários do comércio, serviço e indústrias.