Salve,ó meu País!

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Morei 35 anos na City, numa linda casa, desenhada por Gininha: anos dourados! Criamos os filhos: Carmen é artista plástica de valor; Roberto e Ricardo, notáveis Advogados. Todos independentes. Sete netos e dois bisnetos. Amigos fiéis e, quiçá, algum inimigo oculto. Em 76, fui Presidente da Associação dos Advogados da Lapa. Em 77, ganhei o Troféu Cidadão Zona Oeste. Ajudei na construção do Fórum da Lapa, hoje obsoleto. Em 86, presidi a Ordem dos Advogados da Lapa. Em 85, a Gininha formou- se Advogada: que linda doutora, Deus meu! E veio trabalhar comigo. E como trabalhou! Aí por 96/97 vendi os meus interesses no meu ótimo escritório de Advocacia para o Roberto e o Ricardo e cada qual fundou seu próprio escritório e vão em frente, as velas a todo pano. Sou Rotariano Honorário. Ganhei duas medalhas Constitucionalistas de 32 e meus alunos me deram dezenas de medalhas “Honra ao Mérito”. De tudo me ufano, com suma alegria, sem tolo orgulho. Tive perdas: minha mãe morreu em 89 e eu chorei. Meu irmão Lolo morreu em 98. A Wilma morreu no ano passado e neste ano minha irmã Dinah ficou cega, aos 80 anos. Eu estou ficando surdo. Meu sogro, sogra, parentes e amigos queridos morreram pelo caminho da vida. Todas essas perdas me empobreceram e lancetaram o meu coração. Em 2008 vendemos a casa da City e compramos o grande e confortável apartamento onde eu e Gininha vamos envelhecendo cada vez mais depressa. Temos saúde e alegria: eu tenho 83 anos de idade e ela é bem mais nova do que eu! A morte nos espreita, mas estamos serenos! Não temos medo! Temos a certeza de que a alma não morre.

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