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O aniversário de São Paulo terá música em dose dupla e gratuita no Memorial da América Latina. Começando às 16h, um esquenta de Carnaval sob a batuta da Companhia Tribo de Dança, o Samba de Sampa reunirá 50 ritmistas, baianas, mulatas, destaques, mestre-sala e porta-bandeiras de tradicionais escolas da Capital. O cortejo sai em frente ao Auditório Simon Bolívar, sobe a passarela e quando chegar na escultura Mão, de Niemeyer, as baianas, ao som da bateria, e à moda do que fazem nas escadarias das igrejas de Salvador, vão fazer – com água de reuso – a lavagem da escultura, iniciativa inédita na história do Memorial. Terminada a lavagem, o grande bloco retorna à origem e inicia o samba de roda aberto a todos os participantes. O carnaval antecipado no Memorial tem tudo a ver com o lugar. Para quem não sabe, onde hoje se ergue o Auditório Simon Bolívar, era o Largo da Banana, berço do samba paulistano nos primeiros anos do século XX, imortalizado nas músicas de Geraldo Filme.
E a partir das 19h, o Auditório Simon Bolívar recebe o grupo Trovadores Urbanos que escolheu a dedo o repertório que vai cantar na Serenata para São Paulo. No palco, ornamentado de pétalas vermelhas, Eduardo Santhana, Juca Novaes, Maida Novaes e Valéria Caram vão desfilar obras-primas de compositores e intérpretes que cantam a cidade de São Paulo, como “Sinfonia Paulistana”, de Billy Blanco, “Como vai você”, de Antônio Marcos/Mário Marcos; “Outra vez” de Isolda, “Sonhos” de Peninha, e clássicos da raiz sertaneja como “Tristeza do Jeca”, de Angelino de Oliveira; “João de Barro”, de Teddy Vieira/Muhibo Cury e “Cabocla Tereza”, de João Pacífico. Noutro bloco, este dedicado ao poeta Adoniran Barbosa, serão apresentadas canções como “Luz da Light” e “Prova de Carinho”, (com Hervê Cordovil). A entrada para os dois espetáculos é franca.
