Luiza Eluf nega doação de área da Rua Carlos Weber

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Luiza Eluf nega doação de área da Rua Carlos Weber

Uma area pública de 1400 metros quadrados da Rua Carlos Weber está no centro da disputa entre o Conselho Gestor do Centro de Referência Regional de Saúde do Trabalhador e moradores do entorno do terreno, principalmente de um condomínio de alto padrão vizinho ao terreno (próximo às ruas Barão da Passagem e Mergenthaler) que mantém um portão com cadeado para evitar invasões.

O caso foi parar no Ministério Público do Meio Ambiente do Estado de São Paulo que fez representação contra a ex-subprefeita Luiza Eluf. O documento alega que a ex-subprefeita doou a área ao condomínio vizinho para a construção de uma praça. A representação foi entregue na Justiça quinta-feira, 6.

Eluf nega a doação da area. “Recebi um abaixo assinado com cerca de 500 assinaturas e achei a ideia boa. O local estava abandonado e com invasão e lixo. Fiz um ato como subprefeita, autorizei os trabalhos, estudo para que houvesse as providências para autorização de uma futura praça. Não existe doação nem termo de cooperação. Apenas iniciou-se um processo”, explica ela.
Segundo a moradora e fundadora do Movimento Popular da Vila Leopoldina, Gláucia Prata, o pedido para praça é da época do subprefeito Paulo Bressan. “Solicitamos a área (o Movimento, o Consabs e a Assampalba) para a instalação de uma praça de convivência por causa da impermeabilização do bairro. Com a saída do Bressan, Eluf assumiu e autorizou. A REP (construtora do prédio da esquina) manifestou a vontade de construir na area, mas com a saída dela, a Soninha assumiu e passou a área para a Saúde”, explica Glaucia, que dava o processo por encerrado. “Esse outro condomínio não tinha envolvimento nessa história na época”.

Um documento assinado pelo então secretário Municipal de Modernização, Gestão e Desburocratização, João Octaviano Machado Neto, em 19 de julho de 2010, transferiu, de fato, a área para a Secretaria Municipal de Saúde. A conselheira Regional de Saúde Lapa/Pinheiros, Bertô Moraes, que acompanha o caso, disse que o Conselho Regional de Saúde do Trabalhador precisa da área para transferência do serviço. O pedido é anterior à praça. A verba federal de R$ 600 mil destinadas a reforma do galpão que existia no local (e foi demolido) será perdida caso esse processo não se resolva até 30 de julho.

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