O mosquito mascarado

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Chegou o Carnaval, mas antes de cair na folia é preciso inspecionar se o mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus – não está fazendo baile de larvas em pratinhos de plantas, garrafas ou até mesmo na caixa d’água dentro de casa.
A luta contra o inseto ultrapassa os limites da Cidade e do País devido aos registros dos casos de zika – apontado como causa de microcefalia em recém-nascidos.

O combate ao Aedes precisa ser constante porque o pequenino mosquito se multiplica com rapidez. O alerta da Organização Mundial de Saúde fez os governos Federal, Estadual e Municipal reforçar as campanhas, principalmente, neste período de carnaval que acontecem as aglomerações de foliões em bailes, desfile de blocos e escolas de samba.
Além do preservativo para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis como a Aids, o kit do carnaval deve ter repelente próprio para afastar a fêmea do mosquito que, sedenta pelo sangue humano, pica a vitima para fecundação. Depois posta seus ovos na borda de recipientes com água limpa parada para dar vida a larvas de novos exemplares do inseto, agravando a transmissão de doenças.

Só para lembrar: o transmissor de dengue, chikungunya e zika se prolifera dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis), onde vive as pessoas e sempre encontra recipientes com acumulo de água limpa (vasos de plantas, caixas d’água descobertas, pneus velhos, cisternas etc.).

A crise econômica também ajuda o mosquito. Muitos foliões atingidos no bolso – com elevação de preços de alimentos, transporte, impostos, combustíveis e aumento do desemprego, etc – optaram pelo carnaval com os amigos e familiares dentro do bairro. Aliás, se a crise tem um lado bom, é o reencontro de velhos conhecidos no Carnaval de rua da região, mas por outro lado, a aglomeração serve de banquete para o Aedes que escolhe a vítima para a picada de transmissão de doenças: dengue, chukungunya ou no tão temido vírus zika. Todo cuidado é pouco. “Todos Juntos Contra o Aedes aegypti” é o nome da campanha que precisa ser levada ao pé da letra.

Em meio a tantas denuncias de corrupção misturadas aos desfiles de blocos e escolas de samba ou máscaras mais vendidas, um assunto domina as rodas de conversa e o noticiário: o pequeno mosquito mascarado, rajado com listras pretas e branca, pode vencer os descuidados com a picada. Na apuração do Carnaval será anunciado o ganhador, tomara que a nota 10 seja para o folião, não para o mosquito mascarado.

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