Vizinhos do Allianz

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Dois dias da semana você é impedido de ir e vir à sua residência porque um mar de gente resolveu que a rua é deles. Na sua porta, poças de urina, vômito e cerveja derramada. O seu cãozinho sofreu um AVC devido aos fogos que explodem em sua porta. Sua mãe, que sofre de Alzheimer, permanece até o dia seguinte num quartinho nos fundos da casa para ter paz na terceira idade.

E se além desses dois dias, um encontro Gospel lhe obrigasse a ouvir música alta por três dias? E se a torcida organizada batesse a sua porta para você escolher quais das três cores do clube você pintará a sua casa? Você se revolta e diz que não fará isso e na manhã seguinte sua casa amanhece pichada de preto. Você tenta vender, mas ninguém mais quer comprar e seu patrimônio não vale mais nada.

São alguns relatos que ouvimos nas reuniões do Conseg Perdizes. Causa incômodo o sofrimento alheio, a situação degenerada que vivem os vizinhos do Allianz Parque. Bares brotam em casas alugadas por pessoas físicas, ruas tomadas por gente bêbada e agressiva.

Brigas e ensaio da bateria compõem o cenário na rua. Difícil não se abalar com esses relatos, pois temos filhos, pais, avós, entes queridos. Sonhamos com um Poder Público com capacidade humanista e compromisso em defender os cidadãos de tudo isso, resgatando a dignidade.

A Pompeia é um bairro para onde migra um município de 50 mil pessoas duas vezes por semana, é demais !

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