Vizinhos reclamam do impacto de jogos e shows no Palmeiras

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Foto: Maria Isabel Coelho

Maria Isabel Coelho
Torcedores na bilheteria do clube que tem previsão de receber 42 mil pessoas no domingo

O Palmeiras passou a quinta e sexta-feira em treino visando o confronto com o Chapecoense pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro que será neste domingo (27), às 17h, no Allianz Parque. Se não fossem as reclamações da vizinhança, a comemoração de “campeão” (prevista para se consumar no final de semana) seria completa.

Na última reunião do Conseg Perdizes, de terça-feira (22), o presidente Antonio Monteiro registrou várias reclamações. “Qualquer ser humano que tenha um mínimo de empatia pelo sofrimento alheio, se sente tocado pela situação degenerada em que têm vivido os moradores do entorno do Allianz Parque. Dois dias de jogos por semana e mais um show praticamente semanal. Torcidas organizadas que decidiram ser os donos da região, bares ilegais brotando em casas alugadas por pessoas físicas, ruas bloqueadas, gente bêbada e usando drogas em frente às casas e brigas de torcida”, relata Monteiro algumas das reclamações do Conseg Perdizes.

Pela rede social, o Movimento Água Branca registrou que após dois anos da inauguração (dia 19 de novembro) da Arena Allianz Parque e muito debate entre autoridades públicas, empresários, torcida, moradores para solucionar os impactos negativos dos eventos na arena, algumas medidas foram tomadas, mas ainda há muito o que fazer, pois o problema é muito grande.

Entre os conflitos apontados pelo movimento está a falta de espaço para acomodação interna de público, que aguarda em filas nas calçadas e ruas até a abertura dos 4 portões (Rua Turiassú, Avenida Francisco Matarazzo e Rua Padre Antônio Tomás (C e D), estacionamento com capacidade até 2000 veículos e a estrutura da arena – aberta – vaza o som e ruído dos eventos. O Movimento registra ainda que “as equipes de fiscalização e de serviços da prefeitura e o efetivo de policiamento, que atuam em dias de eventos na Arena, são insuficientes para o tamanho do problema”.

O comandante do 4° Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Claudinei Pereira explica que com a criação da superquadra (entre a Rua Caraíbas – a partir da esquina da Venâncio Aires, Diana e Palestra Itália) próxima à entrada do Palmeiras, só entra no perímetro quem tem ingresso para jogo ou show e moradores. “A superquadra acabou trazendo uma melhora boa nos índices de roubo e furto”, afirma o comandante.

Com a superquadra, os ambulantes migraram para a quadra superior das rias, provocando novas reclamações dos moradores. O policiamento deste domingo terá reforço do 2° Batalhão do Choque e do 4° Batalhão da Polícia Militar e outros batalhões como o de Trânsito e CET para segurança nas ruas do entorno do estádio.

A Subprefeitura Lapa esclarece que desenvolve ações intensivas para minimizar os transtornos à população no entorno da arena Allianz Parque com equipes de limpeza e fiscalização ao comércio ambulante irregular na região.

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