Fórum discute destino de famílias do Jardim Humaitá que foram removidas

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Foto: Bárbara Dantine

Bárbara Dantine
Famílias que moram no terreno da EMAE no Jardim Humaitá em reunião na Leopoldina

A reunião do Fórum Social Leopoldina, na segunda-feira (25), discutiu a remoção das famílias do Jardim Humaitá que estavam em uma área de risco, próxima à Marginal Tietê.

Cleide Leonel Amaro Mendes, supervisora de Assistência Social da região da Lapa, falou ao grande público presente sobre o encaminhamento dado às famílias, com a possibilidade de ficarem em CTAs (Centros Temporários de Acolhimento) e albergues. “A SMADS (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social) não trabalha com moradia definitiva, só provisória”, diz. Ela ressaltou a importância dos moradores se cadastrarem no CadÚnico já que podem ter direito a benefícios como a Tarifa Social de Energia Elétrica. Lideranças da região da Vila Leopoldina afirmam que vão tentar solicitar um posto móvel do CRAS para realizar o cadastro em um local próximo à comunidade, para que os moradores não tenham que se deslocar até o posto na Vila Romana.

Membros do Conselho Participativo Municipal (CPM) da Lapa, que estiveram na comunidade no dia da remoção, na quarta-feira (20), participaram da reunião. Eles pediram apoio dos moradores para poder encaminhar as demandas para as secretarias envolvidas e cobrar esclarecimentos sobre o caráter de urgência com que foi realizada a remoção.

Foi mencionada a obra do Conjunto Habitacional Ponte dos Remédios, na Rua Major Paladino, que poderia ser destinado à essa população. Questionada sobre o caso, a Secretaria Municipal da Habitação afirma que as obras do conjunto estão em fase de ajustes para então realizar a finalização das edificações. Informa também que as primeiras 181 unidades habitacionais estão previstas para serem entregues no primeiro semestre de 2020. Existem famílias que esperam há mais de dez anos por apartamentos do conjunto, como os moradores da favela do Moinho, que ficava no centro e foi atingida por um incêndio.

As obras se iniciaram em 2012, apesar da suspeita de contaminação, já que no local funcionava a Usina Barra Mansa. Na época, a SEHAB informou que a partir de um estudo encaminhado pela Cetesb não haveria problemas que impedissem a construção na quadra onde a obra começou. A previsão inicial era de que o conjunto seria entregue em 2015.

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