Moradores questionam impacto de trânsito e continuidade de obras

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Foto: Bárbara Dantine

Bárbara Dantine
Moradores da Vila Anastácio e conselheiros do Cades Lapa questionaram impacto da obra

No sábado (10) foi realizada uma audiência pública para apresentação do projeto da Ligação Viária Pirituba-Lapa, com presença dos vereadores Fabio Riva (PSDB), Eliseu Gabriel (PSB), Paulo Frange (PTB) e Senival Moura (PT).

A apresentação foi feita por Antonia Ribeiro Guglielmi, gerente de projetos da SP Obras, que destacou que a obra faz parte do âmbito da Operação Urbana Consorciada Água Branca (OUCAB) e que além das melhorias de fluidez no trânsito, também serão feitas obras de drenagem, alargamento de ruas e enterramento de cabos.

O projeto será realizado em duas fases, sendo que a primeira, com obras já iniciadas, prevê a construção da própria ponte, com duas faixas para tráfego geral e um corredor de ônibus, além do passeio e ciclovia. Antonia Ribeiro Guglielmi afirmou que está prevista uma alça de acesso à Marginal Tietê no sentido Bandeirantes.

Na segunda fase será feita uma nova galeria para acabar com o problema de inundação em pontos da Vila Anastácio, com obras de drenagem no terreno do 21º Depósito de Suprimento. A Rua Gago Coutinho terá mudança de circulação do sentido dos carros e a ciclovia irá se integrar com a Avenida Mercedes pela Rua Diogo Ortiz. Foi anunciado que serão mantidas as vagas no quarteirão do Mercado da Lapa.

As desapropriações vão atingir uma parte dos condomínios Vilage, Portal dos Bandeirantes, do Tietê Plaza Shopping e do Pastorinho. No encontro das ruas John Harrison e Gago Coutinho um quarteirão inteiro será desapropriado. A fase 1 prevê um custo de R$ 180,6 milhões, incluindo projeto, obras da ponte e 9 desapropriações. Na fase 2, o custo será de R$ 205,9 milhões, com obras de alargamento de ruas, drenagem e 36 desapropriações.

O público questionou qual a garantia que existe para a realização da segunda fase da obra, já que a primeira tem recursos do Fundurb, enquanto a segunda seria feita após a aprovação da revisão da lei da OUCAB na Câmara e realização de um novo leilão de Cepacs, isso se tiver interesse do mercado e o valor arrecadado for suficiente. Marcelo Ignatios, superintendente de estruturação de projetos da SP Urbanismo, defendeu que, com a revisão, a lei oferece atrativos para os investidores, mas caso o leilão não tenha a arrecadação esperada, a Prefeitura utilizará recursos de outros fundos municipais para finalizar a obra.

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