Obra viária na Operação Urbana Água Branca sofre revés

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Foto: Divulgação

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Ampliação da Av. Mário de Andrade aguarda solução do poder público

Planejado em 1995, na gestão do prefeito Paulo Maluf, e fazendo parte do caderno de intervenções  da Operação Urbana Consorciada Água Branca (OUCAB), o prolongamento da Avenida Mário de Andrade (ex-Avenida Auro Soares de Moura Andrade), paralela à Avenida Francisco Matarazzo e à linha férrea local que terá de ser realocada, continua inconclusivo.

No decorrer da reunião do Conselho Gestor da OUCAB, ocorrida na segunda-feira, 19, a prefeitura informou que o estudo em andamento (projeto executivo da obra) esbarrou em um sério problema: a viabilização da passagem subterrânea na altura da Avenida Santa Marina. “Com o panorama que a MRS, empresa que faz uso de um dos ramais da ferrovia, apresentou estamos encontrando sérias dificuldades em viabilizar essa transposição subterrânea”, explica Antonia Ribeiro Guglielmi, gerente da SP Obras, empresa da prefeitura responsável pela gestão operacional das intervenções da Operação Urbana. Segundo Antonia, foi levantada pela MRS a hipótese de transposição por via elevada, com a construção de um viaduto sobre os trilhos, o que, segundo ela, não seria a melhor solução.

Com essa indefinição, os estudos de impacto ambiental não podem ser concluídos, gerando atraso na conclusão do projeto executivo, sem o qual não há como realizar a obra, que deverá ter  custo superior a R$ 400 milhões, coberto com recursos do fundo financeiro da OUCAB.

 

Drenagem – Os problemas envolvendo a Operação Urbana Água Branca não acabam por aí. As obras de drenagem no Córrego Água Preta, também projetadas nos anos 1990, mas realizadas somente na gestão do prefeito Fernando Haddad e entregues em dezembro de 2016, foram mal planejadas e não resolveram os problemas das enchentes nos baixos do Viaduto Antártica e Rua Palestra Itália. Sem sequer serem concluídas, embora tenham consumido o valor contratual total R$ 132 milhões (cifra daquela época), também deixaram descobertas áreas como a região do Sesc Pompeia, obrigando o Metrô a improvisar soluções antienchentes na futura estação daquele local.

Toda essa incapacidade de gestão obrigou a prefeitura abrir licitação para a realização de nova obra de drenagem, com prejuízo ao erário, a um custo estimado superior a R$ 30 milhões. A licitação para a contratação do projeto executivo dessa intervenção, estimada em R$ 700 mil de acordo com a SP Obras, deverá ser publicada em breve. Até lá, a próxima temporada de chuvas, no verão 2023-2024,  ainda impactará fortemente a Vila Pompeia.

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