Preservar, dever de todos

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A dinâmica acelerada da nossa vida cotidiana talvez não nos deixe ter a exata dimensão do que significa viver em bairros da cidade rodeados por praças  e parques, equipamentos para lazer, atividades físicas e práticas esportivas. Quem mora na Vila Ipojuca, Alto da Lapa, Vila Romana, Pompeia, Vila Leopoldina, entre outras áreas da Subprefeitura Lapa, pode se considerar privilegiado, pois, como revelamos em matéria nesta edição, apenas 11,33% dos municípios paulistas atendem às diretrizes da ONU recomendando 9 m² de áreas verdes por habitante.
Moram no território da Subprefeitura Lapa 305.526 habitantes, que dispõem de um total de 404 áreas verdes Isso equivale a dizer que  a região oferece um espaço verde para cada 756 habitantes. Evidentemente, a distribuição desses ativos pelos seis Distritos é  bastante heterogênea, com  grande concentração no Distrito Lapa e evidentes carências na Barra Funda e Jaguara.
Mas com tanta área verde à nossa disposição, um grande desafio  é imposto a nós, cidadãs e cidadãos, e também para a prefeitura: preservá-las. Para seguirmos adiante nessa missão, a legislação municipal vigente nos oferece  dois importantes instrumentos: adoção de praças e Comitês de  Usuários de Praças.
Adotar uma dessas áreas , ou seja, estabelecer com a prefeitura termo de cooperação para a melhoria desses espaços públicos é algo bastante simples, feito 100% por meio eletrônico, e aberto a pessoas físicas e jurídicas. Também por via digital é possível encaminhar a criação de um Comitê de Usuário de Praça, uma instância participativa voltada não só para preservação do espaço verde urbano, mas também preocupada em ampliar, de forma plural, a apropriação dessas áreas pela sociedade civil organizada.
Claro que o poder público, em particular a Subprefeitura Lapa, tem grande responsabilidade  na conservação das nossas praças, pois são poucas aquelas adotadas, como a John Lennon, na City Lapa, por exemplo. Capinação, varrição, poda e remoção de árvores  e conservação do passeio público são obrigações da zeladoria verde que ao longo deste ano a subprefeitura tem tido enorme dificuldade em cumprir. No primeiro trimestre era difícil encontrar uma praça que não tivesse sido tomada  pelo mato, tamanha a falta de conservação básica.
Preservar praças é, sim,  dever de todos, pois temos um compromisso moral com as futuras gerações:  garantir que elas morem e trabalhem em bairros sustentáveis, onde as áreas verdes continuem locais de encontro, saúde, meditação e lazer.

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