José Renato Nalini, secretário-executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo
Muita gente já ouviu falar em logística reversa e em economia circular, expressões que habitam o linguajar de quem se preocupa com a situação do nosso planeta. Jogar fora é uma tolice. Tolice ainda maior quando mandamos para os aterros sanitários aquilo que pode e deve ser reaproveitado.
Nossa lógica tradicional é bem ignorante. Extrair, produzir e descartar recursos é o projeto da economia linear, que coloca em risco a própria sobrevivência da espécie. Nós precisamos nos conscientizar de que, individualmente, podemos sim, fazer a diferença.
Não é possível conviver com a realidade detectada por pesquisadores: 32% dos 78 milhões de toneladas do material mais usado em embalagens no mundo não são coletados. E quando são, apenas 2% são reciclados.
Vamos cuidar melhor de nossos descartes? Vamos nos interessar pela coleta seletiva? Vamos alertar aqueles que ainda não se convenceram de que a responsabilidade é nossa, até porque não haverá quem se salve se a catástrofe climática vier a ocorrer?
Adiramos, portanto, à economia circular e à logística reversa. A partir de nossa casa, com a conscientização de nossa família.