O Parque Leopoldina Orlando Villas-Bôas é uma belíssima área verde com mais de 50 mil metros quadrados, às margens do Rio Tietê, que abriga flora e fauna diversificadas. Há quase 10 anos, no entanto, nós, moradores da região onde o parque está localizado, assim como todos os paulistanos, estamos privados de desfrutar da atmosfera tranquila dessa área verde e de lazer porque a Prefeitura não define a data de sua reabertura.
Inaugurado em 2010, o parque funcionou por apenas cinco anos. Foi fechado em 2015 por suspeitas (não confirmadas!) de contaminação do terreno, que fica em uma área da Sabesp e próximo à antiga Usina de Compostagem da Vila Leopoldina.
Em 2019, via Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela Spe Solaia Empreendimentos Imobiliários, do empresário Eudoxios Anastassiadis, a Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA) recebeu R$ 2 milhões para investir na recuperação da infraestrutura do parque, que já dava sinais fortes de degradação. No ano seguinte, a Prefeitura iniciou um projeto de reformas e chegou a anunciar a reabertura do local para o segundo semestre de 2022, o que não aconteceu.
Agora, a SVMA acaba de apresentar ao Conselho Gestor do parque um mapa de reformas que serão realizadas no local com uma verba de quase R$ 1 milhão disponibilizada pela Prefeitura e anuncia que em março de 2025, finalmente, poderemos novamente desfrutar do Parque Orlando Villas-Bôas. Será?
Como perspectiva positiva, vemos o Conselho Gestor do parque firme no propósito de dar sugestões e orientar a Prefeitura sobre as benfeitorias necessárias para que o local possa voltar a funcionar com uma infraestrutura adequada. Os conselheiros estão pedindo a inclusão, no mapa de reformas, de um vestiário para atender quem vai usar o campo de futebol e as quadras, além de novos brinquedos para o playground e melhoria do acesso ao local por transporte público e bicicleta.
Vamos esperar, portanto, que essa reforma venha a contento e aconteça dentro do cronograma previsto. Queremos voltar a ter um Parque Leopoldina Orlando Villas-Bôas bem cuidado, aprazível, onde as pessoas desfrutem do verde e os times de futebol de campo, de futebol americano e de rugby, que faziam reserva para utilização dos campos e quadras, voltem a jogar ali.
São Paulo carece de boas áreas verdes e de lazer. E, por isso, não podemos aceitar passivos que um parque dessa magnitude continue fechado e cada vez mais degradado…