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Setembro de 1948. O casal Armando e Anita Morelli deixa a cidade de Serra Negra e fixa moradia na Leopoldina. A jovem Anita ainda amamentava o pequenino José Benedito, de apenas dois meses de idade. O menino cresceu e nas rodas de amigos ganhou um apelido, Boneli, que depois seria incorporado ao nome próprio. Quando jovem, Boneli conviveu com os pais do associativismo de bairro na região da Lapa, entre eles, Orlando Zanfelice, um grande tutor. Adulto, deu novo impulso a essas entidades e como presidente do Conselho das Associações Amigos de Bairro da Região da Lapa (Consabs), firmou-se como principal líder comunitário.
O Jornal da Gente, do qual Boneli foi parceiro de memoráveis jornadas, resgata uma série de imagens que resumem a importância desse personagem e o valor imensurável do seu trabalho comunitário. É a homenagem singela que o JG presta ao amigo que nos deixou ao amanhecer do dia 24 de março, vítima de câncer no pulmão, doença que foi diagnosticada, em estado avançado, no segundo semestre de 2010.
Associativismo
Como presidente do Consabs, Boneli apoiou todas as Associações Amigos de Bairro da Região da Lapa, como a Assavi (Vila Ipojuca), do amigo Leonildo Siragna.
Segurança
Diálogo sempre aberto com as autoridades do setor de segurança como a troca de idéias com o atual comandante da 2ª Companhia da PM, capitão Guillon, e com o delegado do 91º DP, Luiz Cláudio Ferretti, que o visitou no final de fevereiro. Essa foi a última agenda comunitária de Boneli.
Saúde
Com o padre Marcos Pires e equipe, esforços comuns para organizar a Feira da Saúde, no Jardim Humaitá. Com a comunidade, a luta para municipalizar o Hospital Sorocabana.
Arraiá da Lapa
O arraial temporão é uma das grandes marcas do trabalho de Boneli. Em 2007, o Pelezão sediou o evento que atraiu milhares de pessoas. No ano passado, em parceria com a coordenadora do clube, Ana Lúcia Barros e do subprefeito Carlos Fernandes, Boneli levou de volta a festa para o Alto da Lapa.
Campanha do Agasalho
Esforços para aquecer o inverno dos mais necessitados. O Consabs foi buscar peças no Fundo de Solidariedade do Estado de São Paulo para distribuír as comunidades carentes.
Natal Comunitário
“Natal é Menino Jesus. Papai Noel, é uma outra história”. Era assim que Boneli explicava as razões que levava o Consabs a organizar o Natal Comunitário em praças da região. Sua liderança comunitária também chegava à Vila do Remédios onde participava, com lideranças locais, da festa natalina voltada para famílias mais humildes.
Samba
Ao lado de Décio Ferreira (falecido em 2009), fundou o Bloco A Lapa Somos Nóis para relembrar os carnavais de rua de antigamente.
Mulher Lapeana
O Consabs, na gestão de Boneli, valorizou a presença feminina na Lapa levando adiante iniciativas pioneiras como a homenagem ao Dia Internacional da Mulher, em parceria com a ACSP-Lapa. Outra forma de lembrar a mulher lapeana foram as homenagens no Dia das Mães, eventos com apoio da ACM Lapa, na Praça José Roberto.
Amizade
Boneli era mestre em organizar jantares de confraternização entre amigos, seja para comemorar um aniversário ou até para propor a realização de grandes eventos na região. Ao agir assim, o presidente do Consabs fortalecia os laços comunitários entre moradores, entidades e empresários.
Política
Sempre dialogando com políticos influentes como Alckmin, Alda Marco Antônio, Quércia e o vice-presidente da República Michel Temer (amigos pessoais), Kassab, além do subprefeito Carlos Fernandes.
PMDB e eleições
A forte ligação com Orestes Quércia e Alda Marco Antônio (atual vice-prefeita) e outros líderes do PMDB, lançou-o candidato (em sucessivas campanhas) a vereador, cargo que sonhava em ocupar não por desejo pessoal, mas para colocar a Lapa num lugar mais alto no plano político municipal. Na cerimônia fúnebre no Cemitério da Lapa houve quem discursasse chamando Boneli de ”nosso vereador”. No PMDB ele era presidente do Diretório Zonal Lapa.
VÍDEOS
Pelo portal TudOeste (www.tudoeste.com.br/boneli) veja matéria de destaque da Daqui TV em homenagem ao
presidente do Consabs, José Benedito Boneli Morelli, e entrevista exclusiva concedida dia 5 de fevereiro ao jornalista Eduardo Fiora sobre sua vida na Leopoldina.
