Novela antienchente tem novos capítulos

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Pompeia e outros bairros esperam por obras de drenagem

Em março de 2009, o Jornal da Gente já alertava: existem sérios problemas na calha do Tietê, resultando em refluxo das águas que deveriam chegar ao leito do rio, causando alagamentos em áreas como a Ceagesp e Lapa (região do Mercado), por exemplo. O alerta do JG foi recebido com desconfiança pela base governista na Câmara Municipal e Secretaria do Verde e Meio Ambiente, que garantiam não existir problemas na calha do Rio Tietê. Para os vereadores e para o secretário Eduardo Jorge o rebaixamento do leito, concluído, em 2006 era uma obra perfeita.
Três anos e inúmeras enchentes depois, o governo estadual admite que é preciso retomar de drenagem no Tietê. As novas obras de desassoreamento deverão retirar do leito 2,7 milhões de m³ de sedimentos, dos quais 2,1 milhões de m³ ainda em 2011. A maior intervenção no Rio Tietê foi feita em 2006, último ano da gestão anterior de Geraldo Alckmin. Naquele ano foi entregue o aprofundamento médio de 2,5 metros da calha do rio e alargamento do fundo de 28 metros para 46 metros. Em 2009, no entanto, a obra, conforme reportagens publicadas pelo JG, já dava sinais de esgotamento. A nova intervenção do governo estadual devolverá ao Tietê largura e profundidade iguais às de 2006, entre a Lapa (Cebolão) e Penha.

Pompeia
Já na região da Pompeia, o prefeito Gilberto Kassab dá novo prazo para a abertura da consulta pública para o início das obras de drenagem. O cronograma está atrasado e vem sendo constantemente alterado. A apresentação do projeto que deveria ter ocorrido em outubro foi transferida para dezembro, depois para fevereiro e agora, segundo Kassab, para o mês de março. No entanto, o prefeito alerta: “a licitação pode demorar”. De acordo com a Secretaria do Desenvolvimento Urbano, uma vez licitada, a construção das novas gelarias dos Córregos Água Preta e Sumaré (estimada em R$ 90 milhões) demandará 18 meses. Segundo kassab, esse prazo é menor: de oito a dez meses.

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