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A situação administrativa e
financeira do Hospital Sorocabana, referência do Sistema único de Saúde
(SUS) na região, continua problemática, mesmo depois da implantação de
uma espécie de co-gestão da administração com a Secretaria Municipal de
Saúde.
A redação do Jornal da Gente recebeu uma carta assinada por
funcionários de uma das Cooperativas que mantinham contrato com o
hospital, denunciando atrasos no pagamento. A direção do Sorocabana
explica que o contrato foi rescindido com a absorção de 50% dos
recursos humanos que passam, agora, a fazer parte do quadro de
funcionários do hospital. “Ainda existem duas faturas a serem pagas em
favor da Cooperativa”, afirma o assessor da presidência, Juvenal
Ferreira.
Também foi rescindido o contrato da cooperativa que cedia pessoal para
o corpo de enfermagem, com a incorporação de 80% das enfermeiras e
auxiliares.
O valor da dívida global do Sorocabana ainda é um mistério. Fala-se em
mais de R$ 80 milhões (passivo previdenciário e trabalhista), porém a
direção afirma que não tem em mãos o valor exato.
O fluxo de caixa também está comprometido, atingindo diretamente o
pagamento dos salários. “Ainda não conseguimos fazer o pagamento no
quinto dia útil, pois recebemos do SUS entre os dias 17 e 22. Mas é uma
situação que queremos resolver no curto prazo”, afirma Ferreira. O JG,
no entanto, apurou que os salários estão atrasados em mais de 30 dias.
No setor de serviços existem novidades. A partir de janeiro começa a
terceirização do setor lavanderia, que opera em situação precária,
conforme várias denúncias.
Outra área que passa pela terceirização é a cozinha. O lava-rápido
montado no pátio de estacionamento de veículos foi desativado.
Os questionamentos feitos pelo JG em setembro continuam sem resposta,
inclusive o caso das notas fiscais pagas sem que se saiba o destino dos
serviços contratados com autorização do responsável administrativo
Antônio Barradas.
