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Como num conto infantil, porém calcado em
cima de uma dura e triste realidade, o Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu) encontra enorme dificuldade de acolhida no âmbito da
região de abrangência da Subprefeitura da Lapa. Desde o início do mês,
a base operacional do Samu Lapa não conta mais com o apoio logístico da
Sub Lapa. As viaturas deixaram o pátio da Guaicurus, 1000, por conta de
“um programa de adequação de todas as bases do serviço na cidade”,
segundo informa a Coordenadoria de Comunicação do Samu. Na Sub, mesmo
que longe do ideal, as equipes deste serviço de resgate e atendimento
de emergência contavam, ainda, com uma sala que acolhia os atendentes,
servindo também como local de descanso para as madrugadas de plantão.
Hoje, as condições de trabalho continuam precárias. E pior. Se durante
o dia as viaturas ficam na sede dos Bombeiros (Rua Martin Tenório) à
noite elas estão estacionadas bem distante da Lapa e entorno, uma vez
que ocupam uma área da Sub Sé (na Estação Armênia do Metrô, na zona
Norte). Na prática, isso significa um tempo maior de deslocamento no
caso de um atendimento de emergência, na madrugada, por exemplo.
O JG registrou a indignação de um empresário da região em relação a
essa situação. “Não entendo por qual motivo o Samu saiu da
subprefeitura se lá tem espaço para esse serviço”, disse ele,
preferindo não se identificar. A Assessoria de Imprensa da Sub Lapa
afirma que cabe ao Samu dizer os motivos da transferência. A Secretaria
Municipal de Saúde, que responde por esse tipo de serviço, afirma que a
Base Lapa do Samu “será adequada, em breve, em um novo espaço”.
