O acesso à água é uma questão de cidadania, e exercê-la significa resguardar nossos direitos e cumprir com nossos deveres. Sendo assim, devemos lembrar que é nosso direito ter um ambiente saneado, com coleta e tratamento de esgoto sanitário e resíduos sólidos, que caso não sejam devidamente tratados, degradam diretamente nossos mananciais, as regiões de onde retiramos a água que precisamos para viver com saúde.
Além disso, devemos ter ações dos órgãos competentes que garantam que a água retirada dos mananciais, após passar pelos devidos tratamentos para se tornar potável, não seja perdida nas tubulações por onde é transportada na forma de vazamentos. Cabe, portanto, cobrarmos este direito das instituições competentes.
Por outro lado, temos deveres a serem cumpridos nesta questão. Cabe também a nós nos mobilizarmos e mudarmos nossos hábitos com relação ao uso da água, de tal forma a garantir uma redução significativa de consumo, impactando menos nossos mananciais. Agindo desta forma, resguardando nossos direitos e cumprindo com nossos deveres, contribuiremos para “assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos”, citando nossa Política Nacional de Recursos Hídricos. Ao assumirmos nosso papel e agirmos de forma consciente, seremos de fato cidadãos e garantiremos nosso devido acesso à água.
Osvaldo Barbosa de Oliveira Junior é engenheiro de Aplicação Deca e responsável pelo projeto Deca/ProÁgua
