Secretaria explica Operação Urbana

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Foto:

Bernardini (E) e o superintendente da ACSP-Lapa, Lys dos Santos

O projeto da Operação Urbana Leopoldina-Jaguaré foi, pela primeira, apresentado localmente para moradores e empresários da região durante debate sobre o assunto realizado na quarta-feira, 27, na sede da Distrital Lapa da Associação Comercial de São Paulo.
O arquiteto Marcelo Bernardini, que na Secretaria Municipal de Planejamento (Sempla) coordena o projeto, expôs os principais pontos dessa intervenção urbanística, que trará para os dois bairros juntos um incremento populacional estimado em 170 mil novos habitantes. “É um projeto que nasceu na gestão anterior (Marta Suplicy) e que sofreu alguns ajustes”, explicou Bernardini que vem coordenando os trabalhos da Operação Urbana desde 2003. “O mercado imobiliário não é um inimigo a ser combatido, mas um amigo a ser conquistado”, acrescentou.
Segundo o arquiteto, o redesenho urbanístico da região prevê a ocupação da área tanto por novas torres residenciais (algumas com coeficiente quatro de aproveitamento ) quanto por empreendimentos de caráter comercial (comércio, serviço e indústrias). “Isso implicará na necessidade de obras como novas pontes para transposição do Tietê e investimentos na malha do transporte público”, afirmou Bernardini. O representante da Sempla assegurou que a Operação Urbana prevê áreas para a construção de habitações de perfil popular. No entanto, não soube explicar como isso se dará, uma vez que duas Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis) previstas no Plano Regional Estratégico da Sub Lapa foram eliminadas na atual gestão. A localizada na região da caixaria da Ceagesp foi engolida por torres cujo metro quadrado está sendo comercializado por R$ 3.600. Já aquela do Jardim Humaitá, com aval recente da Sub Lapa, será transformada numa praça.

Tombamentos

A pressão de moradores descontentes com o processo de tombamento do Alto da Lapa e com o não tombamento de 21 imóveis na região da Sub Lapa parece ter surtido efeito. O Conpresp, órgão do patrimônio histórico do município reunido na terça-feira, 26, adiou mais uma vez a decisão sobre esses dois polêmicos assuntos.

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