Com base em uma relação do Serviço de Atendimento Municipal de Urgência (Samu), o diretor Adjunto de Saúde do Conselho das Associações Amigos de Bairro da Região da Lapa (Consabs), Renato Giribola, denuncia que o Hospital Central Sorocabana não está atendendo pacientes encaminhados pelo serviço de urgência (192).
A afirmação de Giribola é baseada em dados de levantamentos que ele teve acesso como líder comunitário. Segundo a informação, no mês de abril, o Sorocabana nem aparece no levantamento dos encaminhamentos de pacientes via Samu. “Já o PS Lapa está em 11º lugar entre os hospitais de toda a cidade com 361 atendimentos no mês. Isso significa uma média de 12 atendimentos por dia, só via Samu”.
De acordo com Giribola, o fato se repete nas listas mensais do atendimento – feitos com base nos chamados telefônicos (192) – para socorrer as pessoas acidentadas ou atropeladas. Outro documento ao qual o líder comunitário teve acesso, de janeiro e fevereiro, a situação do hospital é a mesma, ou seja, não há registros do Samu. “Quando isso acontece outras unidades de saúde ficam sobrecarregadas, prejudicando a assistência à comunidade. Na relação de hospitais e Pronto Socorros que receberam pacientes encaminhados pelo Samu, chamados para atendimento de emergência pelo 192, de janeiro e fevereiro, o Sorocabana também não consta da lista, enquanto o PS Lapa está em 20º lugar com 533 atendimento, sendo 254 em janeiro e 279 em fevereiro”, revela Giribola.
O Hospital
Segundo a diretora do Hospital Sorocabana, Silvia Fernandes Pereira, que assumiu a presidência da associação filantrópica ferroviária após o falecimento do seu pai, Floriano Pereira, o hospital não atende grandes acidentes, por causa de sua estrutura. “A Regulação de Vagas (serviço da Prefeitura) é que controla os encaminhamentos e escolhe o hospital que irá receber o paciente. Não fechamos as portas para ninguém. Entrou no hospital a gente atende. Aqui não existe omissão de socorro”, afirma a diretora.
Dívida
Sobre a dívida herdada da presidência anterior, a diretora do Sorocabana, que recebe recursos públicos, se recusou a falar. “Temos que prestar atendimento à população. O quanto nós ganhamos ou pagamos, não interessa. Temos que atendê-los e basta”, encerrou Silvia.