Moradora questiona secretário Montone

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Secretário diz que HC atende a região da Lapa

A recente afirmação do secretário da Saúde, Januário Montone, dizendo que a região da Lapa não precisa de um hospital, pois ela pode contar com os serviços do HC, continua repercutindo muito mal em diversos setores da comunidade. O Jornal da Gente recebeu da leitora Vera Lucia Fonseca, moradora da Vila Romana, a seguinte carta.
“Fiquei indignada com a matéria HOSPITAL JÁ (editorial do dia 19 de abril). Com certeza, o secretário da Saúde, Januário Montone, desconhece o que se passa no Hospital das Clínicas quando diz que a comunidade da Lapa já é servida pelo HC.
Desde agosto passado que tenho acompanhado minha tia que está com meiloma múltiplo (descoberto somente em dezembro). Tudo começou no Hospital da USP, depois com muito sacrifício e ajuda de Deus conseguimos colocá-la no HC, onde todos os exames são muito demorados, devido o acúmulo de pacientes. Cada vez que ela vai ao HC é uma médica estagiária diferente (hematologista) e o horário marcado para às 8h, ela que é cadeirante, quase sempre é atendida depois de muitas horas.
Bem… em fevereiro ela teve uma pneumonia, não conseguiu ser internada no HC, o Samu a levou para um Pronto Socorro do SUS – Caetano Virgilio Neto (próximo à Raposo Tavares) foi muito bem atendida, inclusive tem uma enfermeira lá – EDINILZA, que merece destaque, pois nunca vi uma pessoa tratar um doente com tanto carinho e atenção.
De lá, ela foi trans-ferida para o Hospital Sorocaba, e lá foi o caos total, ficou internada mais de uma semana em situação bastante precária. Não havia lençol, os móveis estão todos enferrujados a cadeira de banho então…. acho que foi de D. Pedro.
Desculpe contar toda esta história, mas o que me deixa bastante revoltada é que diante da possibilidade da comunidade da Lapa ter um bom hospital onde hoje é o Pronto-Socorro da Lapa, o secretário tem a coragem de dizer que somos assistidos pelo HC.
Eu vou quase todas as semanas ao HC acompanhar minha tia, a quantidade de pessoas para serem atendidas é muiiiiiiiito grande.
Se o secretário quiser, eu posso acompanhá-lo só para ele sentir o dia-a-dia de quem espera por uma consulta no HC.
Outra coisa é a entrega de medicamentos, após a gente ficar quase duas horas esperando, quando chega a vez da gente eles avisam que não tem o medicamento. Aí temos que telefonar (coisa difícil) e, quando chega o medicamento,enfrentar a fila nova-mente.Tudo muito fácil, só quem passa por isso sabe como é”.

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