A crônica situação de falta de médicos no Pronto-Socorro da Lapa (Avenida Queiroz Filho) fez com que o vereador Aurélio Nomura visitasse o local, no sábado, 29 de março. Desde 2006, o Jornal da Gente denuncia a precariedade no atendimento à população, publicando as promessas – não cumpridas – de melhorias feitas pela Secretaria Municipal de Saúde. “Já vistoriei unidades em estado bem mais comprometedor. Porém, é grave o fato de não existir um quadro completo de médicos”, afirmou Nomura, que percorreu as instalações do PS na companhia do advogado lapeano Vicente Martinelli.
Na tarde do sábado, Nomura ficou sabendo que, no Pronto-Socorro, o quadro de médicos está comprometido: não há nenhum psiquiatra nem mesmo ortopedista no atendimento à população. Na pediatria trabalha apenas um profissional, sendo que existe a necessidade da cobertura de mais uma vaga nessa especialidade. A Secretaria de Saúde informa que que existem nove vagas para contratação emergencial para as especialidades de clínica, pediatria, psiquiatria, cirurgia.
Segundo Martinelli, a situação do PS merece uma intervenção radical. “As demandas clínicas chegam de regiões que vão além do perímetro da Lapa. O terreno onde está o Pronto-Socorro é muito grande e comporta a construção de um hospital. Penso que é a hora da comunidade se unir e levantar essa bandeira”, afirma o advogado.
O vereador entende que é possível lutar pela construção de um hospital que sirva de referência para a Lapa e regiões vizinhas. Nesse sentido, ele se comprometeu em levar essa demanda ao conhecimento do Secretário da Saúde, Januário Montone. O importante é que as ações propostas tenham um cunho essencialmente comunitário”, disse Aurélio Nomura. Na quinta-feira, 3, o JG entrou em contato com o subprefeito de Pinheiros, Nilton Elias Nachle, para conversar sobre o assunto, uma vez que o terreno onde está localizado o Pronto-Socorro fica dentro da sua área administrativa.
Nachle recebeu positivamente a idéia da construção de um hospital e, imediatamente, acionou a Autarquia de Saúde Centro-Oeste. “Vamos conversar com a Autarquia e verificar a viabilidade desse projeto”, afirmou o subprefeito, ao conversar, em seu gabinete com o JG.