Passados 60 dias da publicação pelo Jornal da Gente de matéria dando conta da precária situação das instalações do Pronto-Socorro da Lapa, é possível dizer que os problemas apontados na ocasião foram sanados. A reportagem do JG voltou ao local no sábado, 28, e verificou que os sanitários danificados foram trocados; o mofo na sala de descanso da enfermagem já não mais existia; a questão de vazamento hidráulico no refeitório também foi resolvida; e o necrotério estava com as janelas em ordem.
Porém, confirmando o que denunciara uma leitora, persiste a falta de médicos. No início de setembro, o superintendente da Autarquia Hospitalar Centro-Oeste, Roger Nahoum confirmava a defasagem de profissionais no setor de Clínica Geral. “Temos um clínico que é diarista e deveríamos ter outros três plantonistas para o dia e dois para noite. Porém, às quintas-feiras e sextas-feiras esse quadro não se completa. Vamos resolver essa questão com a contratação de mais quatro médicos”, disse Nahoum naquela ocasião.
Dois meses depois, a prefeitura não cumpriu com o prometido. E pior, não é apenas nas quintas ou sextas que o quadro não se completa. No sábado em que o JG retornou ao PS da Lapa apenas um clínico geral estava trabalhando no período da manhã e, mesmo assim, só atendia emergências. Casos rotineiros não estavam sendo recebidos.Também não havia atendimento na ortopedia e na psiquiatria por falta de médicos no quadro funcional do PS lapeano.
Na segunda, 30, o JG foi à Câmara e levou o assunto ao conhecimento de assessores dos vereadores Claudinho de Souza (PSDB) e Donato (PT) para que os parlamentares possam intermediar uma solução junto à Autarquia Hospitalar. Até o fechamento desta edição nenhum dos dois vereadores havia se pronunciado sobre essa questão.